Edgar Silva, coordenador regional da CDU, considerou, hoje, que “o escândalo da corrupção atinge níveis insuportáveis, mas conta com a total cobertura política por parte de setores da oposição no Parlamento da Madeira”.
Num encontro com apoiantes e ativistas, vincou que, na Madeira, “a corrupção envenena tudo, ano após ano: investimentos, compras, contratação pública, nomeações, autorizações, concessões... E apesar de a corrupção, em todas as suas formas, estar a ser escandalosamente alimentada, este é um problema que só persiste enquanto o Parlamento tem partidos que se dizem da oposição e deputados de suporte da corrupção, cujo sentido de voto dá legitimidade ao regime e ao sistema de corrupção”.
Na ocasião, acrescentou, ainda, que, “a corrupção que a democracia não tem sabido combater, nem sequer diminuir, tem na Autonomia instrumentos ao serviço da criação de um sistema de açambarcamento, e o que é terrível, alimenta-se de uma ideia de impunidade” e que, nesta Região, “a corrupção é do que há de pior na sociedade e na política. Por isso, é aparentemente chocante como é que determinados partidos, que se diziam da oposição, se prestam a ser, através do seu sentido de voto na Assembleia Regional o ‘seguro de vida’ de uma governação encharcada, de alto a baixo, pela praga da corrupção”.
De acordo com 0 dirigente da CDU, “quem, antes de entrar no Parlamento, se dizia da oposição e agora serve de estaca do regime inundado pela praga da corrupção só pode ter sido absorvido pelo mal que anunciou querer combater”.
“Apesar da gravidade da situação política vivida na Região Autónoma da Madeira, o escândalo da corrupção, como problema sistémico, e a sua aparente impunidade não nos podem demover da batalha em favor da democracia, na construção de mais e melhor democracia nesta terra”, remata a CDU.