O Chega-Madeira, liderado por Miguel Castro, alertou, hoje, para a “contínua crise habitacional” na Região Autónoma da Madeira.
“O aumento constante das rendas e os preços inflacionados das habitações, impulsionados pela especulação imobiliária, têm tornado praticamente impossível para muitos conseguir uma casa digna. Esta situação, associada ao agravamento da inflação, reflete-se numa pressão económica crescente sobre as famílias, que enfrentam sérias dificuldades em manter uma vida estável e digna”, aponta o partido, através de um comunidade enviado às redações.
O Chega refere que estudos recentes indicam que 30% da população madeirense vive atualmente no limiar da pobreza, “uma situação alarmante” que, no entender do Chega, denuncia a gravidade da crise.
“As rendas dispararam e a aquisição de casa própria tornou-se um sonho distante, enquanto o custo de vida continua a subir devido à inflação, afetando bens essenciais como alimentos, energia e combustíveis”, observa, sendo que, para Miguel Castro, esta realidade não pode ser ignorada, e acusa o governo regional de falhar na proteção dos seus cidadãos ao não implementar medidas eficazes para travar esta tendência.
“A falta de regulação no mercado de arrendamento, associada à especulação imobiliária, tem contribuído para o agravamento da situação. Senhorios e a banca parecem mais preocupados com ganhos rápidos e imediatos, enquanto os madeirenses veem-se obrigados a suportar rendas exorbitantes ou a viver longe das zonas centrais. O turismo de luxo, que continua a expandir-se, também tem inflacionado os preços das habitações, deixando a maioria da população fora do mercado imobiliário acessível”, atira.
Miguel Castro afirma ainda que “este ciclo de aumento de rendas e do custo de vida está a empurrar muitas famílias para uma situação de extrema dificuldade. O impacto económico é devastador, especialmente numa região insular onde as opções são limitadas e o custo de vida mais elevado. Muitas famílias já não conseguem cobrir as suas despesas básicas, o que as coloca numa situação de vulnerabilidade crescente.”
O Chega-Madeira exige uma intervenção imediata por parte do governo regional, com a implementação de medidas que reduzam o peso fiscal sobre a classe média, permitindo uma maior folga financeira para as famílias.
Além disso, Miguel Castro defende que “é necessária uma política de maior incentivo à construção de habitação privada, com regras mais equilibradas e menos burocracia, facilitando o acesso à propriedade sem recorrer a subsídios que apenas perpetuam o problema”.
O partido sublinha que uma governação responsável deve criar condições para que as famílias madeirenses possam viver com dignidade, sem depender de apoios estatais.