Os vereadores eleitos pela Coligação Confiança na Câmara Municipal do Funchal manifestam, através de comunicado enviado à nossa redação “a sua oposição à proposta apresentada pelo executivo PSD, que visa aumentar em 3,27% os tarifários da água e da gestão de resíduos para 2025”.

A posição da Confiança é sustentada através de vários pontos:

“Perda de Poder de Compra

A proposta de aumento tarifário é desproporcional face aos aumentos salariais previstos para 2025, que rondam apenas os 2,15%. Este desfasamento, superior a um ponto percentual, evidencia que o executivo PSD continua a onerar os munícipes sem considerar as dificuldades económicas já enfrentadas por muitas famílias. Para a Confiança, esta medida é um ataque direto ao orçamento das famílias, que já se deparam com inflação elevada e despesas crescentes em áreas como habitação e energia.

Falta de Medidas Compensatórias

O aumento tarifário não foi acompanhado de qualquer iniciativa de apoio ou de mitigação, como o alargamento das tarifas sociais ou programas específicos para os agregados familiares mais vulneráveis. Esta ausência revela a falta de sensibilidade social do atual executivo e a sua desconexão com as reais necessidades dos funchalenses.

Transparência e Alternativas Ignoradas

Embora fundamentado na variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), o aumento tarifário não apresenta justificações claras sobre como contribuirá para melhorias nos serviços. Adicionalmente, o executivo PSD não explorou soluções alternativas, como a renegociação de contratos ou a otimização de recursos, que poderiam evitar este agravamento para os munícipes.

Um Modelo de Gestão Penalizador

A Confiança considera inaceitável que o atual executivo insista em penalizar os funchalenses com aumentos recorrentes nos custos dos serviços municipais. Em vez de proteger os munícipes, opta por medidas que agravam o custo de vida, ignorando a situação económica adversa enfrentada por grande parte da população.”

Assim sendo, anunciam que vão votar “contra este aumento tarifário injustificado na reunião de câmara que decorrerá amanhã. Num período de dificuldades económicas, o que os funchalenses precisam é de apoio e alívio financeiro, não de uma carga adicional nas suas despesas”.