A Polícia de Segurança Pública foi, hoje, chamada duas vezes a uma mesa de voto em São Gonçalo, mais concretamente à escola básica com pré-escolar. Na Mesa 1, a delegada do PS terá constatado, logo no início da manhã, que um dos votos antecipados não cumpria com a lei. Ou seja, segundo Isabel Garcês, “o sobrescrito não estava lacrado, nem selado”.
Daí que a delegada tenha solicitado a anulação deste voto. A presidente da mesa não terá aceite esta decisão e, depois de reunir com o presidente da Junta de Freguesia de São Gonçalo, “que andou a rondar várias vezes a Mesa 1”, como denuncia Isabel Garcês, decidiu que o voto era válido e colocou-o na urna. E terá sido nesta altura que o caldo terá entornado. A vice-presidente da mesa, que tentou impedir a colocação do voto na urna, terá sido agredida pela secretária da mesma mesa. Já antes desta agressão, a PSP tinha sido chamada ao local pela delegada Isabel Garcês, que considerou que a presença de Tiago Freitas era ilegal. E esta força policial voltou por altura da agressão que aconteceu há mais ou menos uma hora e em que deixou a secretária da Mesa 1 daquele espaço de voto, com uma ferida num dedo.
Isabel Garcês decidiu avançar com queixa na CNE (já apresentada) e vai também avançar com uma queixa-crime. O JM tentou chegar à fala com a vítima mas não foi possível para já.
Já o presidente da Junta, que diz que não estava presente na ocasião, explicou ao Jornal que a presidente da Mesa, no exercício das suas funções, foi colocar um voto numa urna. “Ao que parece, esse voto estaria já sinalizado com alguma alegada irregularidade mas a presidente, que é soberana, colocou o voto na urna. Ao colocar o voto na urna, houve alguém da Mesa que impediu que a presidente fizesse o seu trabalho. Com esta azáfama, a senhora que tentou impedir a colocação do voto, parece que se cortou com papel e chamou a PSP porque tinha sido agredida”, disse.
O presidente da Junta adiantou ainda que a informação que tinha era que os presidentes das Mesas têm sido constantemente agredidos.
”Isto são pessoas do PS, que nem sequer são da freguesia e nota-se, já a dificuldade que o partido tem em São Gonçalo para arranjar gente em condições. Isto é uma pouca vergonha”, diz Tiago Freitas, reportando-se que uma delas é deputada à Assembleia Legislativa da Madeira. Já Isabel Garcês, por seu lado, afirma que durante todo o dia “houve uma série de atropelos à lei”.