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Congresso de São Jorge: “Precisamos de usar as infraestruturas em benefício das populações”

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
13 Agosto 2024
11:23

O presidente da organização do IV Congresso ‘São Jorge - memoria e futuro’, aproveitou a presença do secretário regional das Finanças na sessão de abertura do evento para pedir que o auditório Beatriz Ferreira continue a ser usado pela população. Apelou, por isso, que a gestão do espaço onde se realiza o encontro seja gerido pela Junta de Freguesia.

”Pela importância de mantermos espaços como este, apelo a que o espaço seja gerido pela junta de freguesia”, afirmou. “Precisamos disto, para usar infraestruturas em beneficio da população, por amor à coisa pública. Precisamos deste carinho para São Jorge, que também tem de acarinhar mais as freguesias vizinhas”, disse, pedindo uma reflexão.

“São Jorge precisa de ser acarinhado por todos. Tem uma história extraordinária”, sublinhou. Por outro lado, Jacinto Jardim entende que em 2018 com o primeiro congresso, “plantamos uma semente que tem germinado” na aproximação das gentes de São Jorge, visando a valorização cultural e do património da sua terra. Para nós, são Jorge é o melhor recanto do mundo, por ser o local onde respiramos pela primeira vez”, vincou, sublinhando que sente a necessidade de interligar as pessoas, num mundo digital que facilita a aproximação. “O longe fica mais perto”, com a internet, disse Jacinto Jardim. Há palavras criadoras, que devem ser valorizadas em detrimento das “palavras que matam”, dos óculos que veem apenas com a maledicência. “Os tempos atuais pedem que se avalie o que vale muito”, afirmou ainda o presidente da organização do congresso.

‘São Jorge - memória e futuro’, que surge nesta edição para incentivar o interesse das pessoas pelas suas raízes e fortalecimento dos laços humanos, com o foco dado na genealogia. Cuidar das relações interpessoais, valorizando as pessoas e talentos, atuar sinergicamente, criar pontes, eventos em conjunto para a preservação da memória e delinear caminhos mais prósperos para o futuro se São Jorge, são objetivos desta edição, apontou ainda Jacinto Jardim, enaltecendo a importância do sentido de comunidade.

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O secretário regional das Finanças, por seu turno, deixou o compromisso de que o governo está disponível para “dentro das suas possibilidades” continuar a apoiar a continuidade do congresso, elogiando o trabalho das pessoas envolvidas na organização do evento cientifico e que “deixa sementes e ideias para o futuro”, como já aconteceu. Rogério Gouveia considerou que este tipo de iniciativas ajuda os decisores políticos, com as opiniões recolhidas sobre as necessidades locais, tendo mais importância do que os grandes eventos com nomes nacionais, que não acrescentam valor. Palavras ainda para a importância de preservar o passado, a história, mas aceitando o desenvolvimento e progresso com as obras construídas nas ultimas décadas, “que aproximaram populações”. O património ambiental rico da costa norte, com Santana a ter uma responsabilidade acrescida pelo galardão da Biosfera, disse o governante, comentando que essa conquista chegou a ser criticada.

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Proteger o ambiente e o legado das gerações anteriores é uma necessidade que Rogério Gouveia reconhece neste congresso, disse ainda, “sem fechar às outras freguesias”, já que faz todo o sentido pensar o concelho como um todo, ver a região como um todo. Esta participação cívica é saudável, afirmou, deixando o repto para “muitas mais edições” que valorizam a identidade das populações, mais do que os grandes eventos que se realizam pela Região. De referir que estava prevista a presença do presidente da câmara de Santana, Dinarte Fernandes, que não compareceu. O congresso conta com a inauguração de uma exposição da direção regional do arquivo e biblioteca da Madeira, ‘Imagens e Memoria do arquipélago”, seguindo se um painel moderado pelo diretor do JM-Madeira, Miguel Silva, sobre ‘Genealogia e identidade cultural no Norte da Madeira - Gente com história’. O debate conta com intervenções de João da Mata Gomes, Joana Silva e Cláudia Faria.

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