Víctor Freitas fez a segunda declaração, no período antes da ordem do dia no parlamento madeirense, manifestando, numa nota inicial, as suas preocupações relativamente às incertezas que a eleição de Donald Trump trará ao mundo.
O socialista expressou, por outro lado, que a nível do Orçamento de Estado, não prevê nada de bom para a Região, a não ser que alguma coisa mude em sede de especialidade.
E, na Madeira, a Região também prepara o Orçamento regional, tendo ouvido os partidos com assento parlamentar. O socialista criticou o CDS, o PAN e o Chega por demonstrarem que continuarão a ser “enganados” pelo executivo e pelo PSD.
“Na prática teremos um governo que em termos orçamentais será suportado pelo Chega”, disse o socialista, que voltou a criticar a proposta para a criação de um gabinete de transparência e combate à corrupção, quando tem sido “cúmplice” do governo. O PAN e o CDS, tinha já afirmado, apresentam propostas para o orçamento que na prática não serão cumpridas.
Sobre as prioridades que o PS pretende ver contempladas no OR para 2025, elencou a melhoria dos rendimentos e combate à pobreza, a diminuição na lista de espera na saúde e o combate à crise na habitação.
Sobre este último aspeto, Víctor Freitas clarificou que não estava a falar dos mais de 4.000 agregados inscritos no IHM, “esses já estão em crise”, mas sim as famílias de classe média, cada vez com maiores dificuldades em pagar as rendas e crédito da habitação. “Não há ordenados nenhuns que acompanhem este aumento de preços na habitação”, alertou o socialista, preocupado com os casais jovens.
“É necessário que haja um pacto entre todos nós para lançar na Região mais habitação na Madeira”, vincou o socialista considerando que os fogos habitacionais previstos no âmbito do PRR são “manifestamente insuficientes” para as carências. A crise na habitação é “uma situação de emergência”, reforçou.