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Deputado do Chega fala em “descontrolo” na imigração

Data de publicação
12 Julho 2024
11:07

Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, usou um comunicado para criticar as políticas de imigração que, afirma, estão a converter Portugal num “mar terceiro-mundista”. Na nota enviada às redações, o deputado eleito pela Madeira alega que “todos entram, sem critério, colocando em risco a estabilidade social, os valores, os princípios e as liberdades que definem a identidade nacional portuguesa”.

O parlamentar diz ser urgente que o Governo da República implemente uma reforma significativa das leis de imigração, que regularize a situação dos imigrantes ilegais no país e garanta o fortalecimento das fronteiras. Na sua ótica, só assim é que o Governo conseguirá assegurar que Portugal não se transforma “num viveiro de impunidade e criminalidade, que apenas beneficia quem vive à margem da lei, o tráfico de seres humanos e a imigração ilegal”, conforme se pode ler no comunicado.

“Portugal tem o dever de acolher bem, mas acolher com regra e controlo. A política de portas abertas está a gerar o caos em muitas cidades, instabilidade social, aumento da precariedade e a sensação generalizada de que este país é cada vez menos nosso e cada vez mais um poço terceiro-mundista, com o qual não nos identificamos”, afirma o deputado do partido de extrema-direita.

Francisco Gomes critica, de forma especial, a reforma anunciada pelo Governo de Luís Montenegro para a imigração, dizendo que a mesma é uma tentativa de copiar algumas das propostas do Chega, mas que continua a ficar muito aquém das necessidades do país.

“Não basta o PSD ir a reboque do Chega. É preciso que saiba copiar bem. Quando copiou as nossas ideias, o PSD deixou de fora três aspectos fundamentais, que são repatriar imigrantes criminosos, criar quotas para a imigração que sejam ajustadas às necessidades da economia e determinar que os imigrantes só terão direitos a subsídios após cinco anos de contribuições”, diz o parlamentar, citado no comunicado.

Segundo o deputado do Chega, o atual Governo da República “não está a olhar para a questão dos imigrantes com a seriedade que a mesma exige” e alerta que “a Madeira não ficará isenta das consequências que já são visíveis em muitas cidades do continente”.

“Também em matéria de imigração, este Governo demonstra que está impreparado e que não tem uma noção da realidade. Isto acarta consequências para todos e é ingénuo pensar que a Madeira está protegida do que se está a passar no resto do país. Pelo contrário, a Madeira é a próxima peça do dominó, e, caso a República não trave, de vez, a entrada descontrolada de estrangeiros, as condições sociais que hoje existem na Região irão mudar rapidamente e para pior”, insiste.

A concluir, o deputado madeirense considerou ainda que existe “facilitismo” no acesso ao país, às autorizações de residência e à nacionalidade, dizendo que tal situação é desprestigiante para Portugal.

“O debate sobre a imigração é sério e é com seriedade e empenho que temos de defender a alma que é nossa e a terra que é nossa. Vergonhosamente, ainda há quem acredite que podemos vender a nossa nacionalidade como se fosse um produto de supermercado e não um título que se conquista com amor à pátria”, termina.

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