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Diária geral da Casa São João de Deus sobe para 68 euros até 2027

Data de publicação
09 Agosto 2024
13:49

Dentro de três anos, até 2027, o valor da diária geral na Casa de Saúde São João de Deus vai subir paulatinamente, passando dos atuais 52,18 euros para 68 euros, sendo que, já este ano, verificar-se-á um aumento – para os 56,35 euros - com efeitos retroativos a partir de janeiro de 2024.

“Temos uma estreita relação ao longo destes anos com esta IPSS e vamos continuar a apoiar nas diárias. A nossa ideia agora é ver se, nos próximos três anos, estabelecemos um valor diário de 68 euros”, avançou, esta manhã, Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional, nas comemorações dos 100 anos da instituição.

Eduardo Lemos, diretor da Casa de Saúde São João de Deus, reconhece que a proposta inicialmente apresentada pela instituição ao executivo regional foi superior - 68 euros (conforme já está em execução em Portugal continental) - mas entende que da parte do governo queira estabelecer a meta de três anos.

Diária para internados compulsivos em negociação

O responsável lembra que a instituição tem uma diária diferenciada na área da alcoologia, na área das dependências e na área dos cuidados continuados gerais integrados, adiantando que, neste momento, está em negociação uma diária diferenciada superior à geral para os doentes que são internados compulsivos. Lembrando que se trata de doentes de “alta complexidade”, Lemos admite que a diária atual é manifestamente “muito insuficiente”, pretendendo que essa diária se fixe nos 90 euros, também com efeitos desde janeiro de 2024.

“Estamos a falar de 20 doentes por mês. São doentes que requerem um quadro substantivo de recursos humanos, muito especializados, e que tem custos elevados associados e queremos repercutir isto no plano negocial com a governação”, apontou.

Nova unidade custará 4 milhões

No programa celebrativo destacou-se ainda a bênção da primeira pedra da nova unidade de cuidados continuados de saúde mental intitulada ‘RENASCER’, a qual será edificada em breve, no complexo da Casa de Saúde São João de Deus.

A obra, que custará 4 milhões de euros, dos quais 3,2 milhões de euros serão financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, vai arrancar já este ano, devendo estar concluída em dezembro de 2025.

“Será uma unidade (40 camas) construída de raiz, com qualidade, que vai permitir o internamento de pessoas com doença mental muito marcada, pós aguda, para um processo reabilitativo mais longo, nomeadamente pessoas de alta complexidade do ponto de vista da doença mental efetiva”, explicou Eduardo Lemos.

A par desta unidade, haverá ainda um outro espaço na comunidade que contemplará 41 camas, perfazendo um total de 81 camas, e que está inserida no último grau da reabilitação.

“Temos também uma unidade na comunidade que serve que é o último grau de reabilitação. As pessoas aprendem, capacitam-se e treinam aqui e treinam melhor na unidade comunitária para depois serem transferidas para a comunidade”, elucidou, considerando que este investimento permitirá “robustecer os programas de tratamento, reabilitação, recuperação e capacitação individual para voltar à comunidade”.

Para Miguel Albuquerque, o qual faz questão de agradecer o trabalho “extraordinário” realizado pela instituição em prol da defesa da saúde mental, este é “mais um passo importante” nas respostas que têm de ser dadas à sociedade.

Refira-se que a Casa de Saúde regista internamentos de cerca de 900 pessoas por ano de ambos os géneros, nas mais variadas problemáticas, sendo que Eduardo Lemos destaca, na área das drogas, o facto de ter sido possível subir a média de idades, “o que significa que a incidência da problemática da droga é menor relativamente há 10 anos atras. Ou seja, temos pessoas com mais reincidência, mas menos casos novos relativamente às drogas psicoativas”, concluiu.

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