A representação parlamentar da Iniciativa Liberal na Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM) submeteu uma resolução para que o Governo da República Portuguesa reconheça Edmundo González Urrutia como presidente legítimo da Venezuela, anunciou o partido.
“A Iniciativa Liberal da Madeira, através de seu deputado único na Assembleia Legislativa Regional, Nuno Morna, apresentou um projeto de resolução que visa instar o Governo da República Portuguesa a reconhecer oficialmente Edmundo González Urrutia como o presidente legítimo da Venezuela. Esta iniciativa surge em resposta à grave crise política, económica e social que assola a Venezuela nos últimos anos e à necessidade de Portugal adotar uma posição firme em prol da democracia e dos direitos humanos”, pode ler-se numa nota divulgada pela IL às redações, esta manhã.
A proposta realça “a validação do processo eleitoral pelas atas eleitorais, por observadores independentes e a forte aceitação de Urrutia pela sociedade civil venezuelana como o vencedor legítimo das eleições presidenciais recentes”.
A resolução sublinha ainda que “o reconhecimento por parte de Portugal poderia impulsionar uma transição pacífica e democrática, necessária para estabilizar o país e garantir o bem-estar da sua população, incluindo a significativa comunidade luso-venezuelana”.
“A resolução coloca Portugal ao lado de outros países e organizações internacionais, como membros da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos (OEA), que já demonstraram apoio ao reconhecimento de Edmundo González Urrutia como parte da solução para a crise venezuelana. A IL defende que a estabilidade política e económica da Venezuela é de suma importância para a segurança da vasta diáspora portuguesa que vive no país, composta por centenas de milhares de luso-descendentes”, adianta na mesma nota.
De acordo com Nuno Morna, “o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como Presidente da Venezuela representa não só um apoio inequívoco à democracia e aos direitos humanos, mas também uma demonstração de solidariedade com o povo venezuelano. Para Portugal, esta é uma oportunidade de proteger os interesses da nossa comunidade luso-venezuelana e reafirmar o compromisso com os valores europeus da liberdade e da justiça.”
Morna também destacou que o papel de Portugal neste processo pode servir como catalisador para um diálogo mais amplo entre as partes envolvidas, contribuindo para a pacificação e a reconstrução do país.