O representante da República para a Região começa na manhã desta quinta-feira – volvidos dois dias após a queda do XV Governo Regional na sequência da moção de censura apresentada pelo CH – a consultar as sete forças partidárias com assento parlamentar, optando – desta vez e pela primeira vez – por iniciar a auscultação pelo partido mais votado, seguindo até ao menos votado.
Audições que arrancam então pelas 09h30 com o PSD que trará ao Palácio de São Lourenço o seu líder, Miguel Albuquerque à semelhança do que já havia ocorrido na última audiência. Segue-se, pelas 10h30, o PS com Paulo Cafôfo; o JPP, pelas 11h30, com Élvio Sousa. Pelas 12h30 é a vez da comitiva do CH, com Miguel Castro, falar a Ireneu Barreto.
No arranque pós almoço, o representante da República recebe o Centro Democrático Social, sendo a comitiva liderada por José Manuel Rodrigues.
A Iniciativa Liberal, pelas 15h30, e o PAN – uma hora depois – fecham a ronda de audições, abrindo espaço, pelas 17h00, para Ireneu Barreto falar à comunicação social, presumindo-se que avance com aquela que foi a posição transmitida pelos partidos, lembrando que o próprio já assumiu, na terça-feira, não esperar milagres no que respeita à atual situação política. O que leva a crer ser um cenário de eleições antecipadas o mais pedido pelos partidos, mas só se saberá depois das 17 horas.
Se for esse o cenário, é do conhecimento público que, do lado social-democrata, Miguel Albuquerque já reiterou estar disponível para o combate eleitoral, sendo o cabeça de lista. No entanto, Manuel António Correia, o opositor interno, exige eleições no partido, deixando o recado de ter em andamento a recolha de assinaturas para convocação de um congresso regional eletivo, apostando nessa autorregeneração do partido.
O antigo secretário regional do ambiente dos governos de Alberto João Jardim transmitiu esta posição na última terça-feira e assumiu estar irredutível.
O mais evidente cenário passa por eleições antecipadas: as terceiras em um ano e meio.
Mas o papel decisivo, esse, cabe ao Presidente da República. Se a decisão de Marcelo, que não é sozinha e apoia-se no Conselho de Estado, for por eleições, de acordo com os prazos constitucionais, marcará eleições num prazo máximo de 60 dias após dissolução da Assembleia Regional.