José Fernandes desvinculou-se hoje do partido Chega. Diz que o faz “após muita reflexão”, alegando que não se revê no trabalho da atual direção.
Em comunicado enviado ao JM, o militante, que foi um dos candidatos à liderança do partido na Região, acusa Miguel Castro de fazer “exatamente o contrário” do que defende, nomeadamente quando fala de “luta incansável contra a corrupção e o compadrio”, “que a transparência é tida como um pilar para a credibilidade da democracia e para a confiança dos cidadãos nas suas instituições” e que continuará “a defender uma política limpa, sem favores nem influências, colocando os interesses do povo madeirense acima de qualquer interesse particular ou partidário”.
José Fernandes, psicólogo de profissão, diz que mantém o seu pensamento “de acordo com o que defende o ‘Manifesto’ do Chega, na sua criação”, mas discorda “a toda a largura no modo como o presidente do Chega Madeira” lidera o partido.
Acusa Miguel Castro de, na prática política, negar e fazer, “na maior parte das vezes, o contrário do que propõe o Manifesto’” e adianta ao JM que se manterá na Assembleia de Câmara de Lobos, como deputado independente.
José Fernandes remata dizendo que se compromete a cumprir o mandato para o qual foi eleito procurando “reforçar o compromisso na defesa dos direitos e interesses dos cidadãos câmara-lobenses”, que nele confiaram a sua representação na Assembleia Municipal.
Esta é a segunda ‘baixa’ no Chega Madeira, depois do anúncio feito recentemente por Américo Dias