O Juntos pelo Povo (JPP) esteve hoje nas Achadas da Cruz, no Porto Moniz, de modo a manifestar o seu desagrado pelos vários centros de saúde deste concelho encontrarem-se com falta de médicos.
Paulo Alves, porta-voz do Juntos pelo Povo (JPP) na iniciativa de hoje, afirmou que “apesar deste Centro de Saúde ter sido alvo de obras de remodelação em 2023, na ordem dos 215 mil euros, a verdade é que, tal como os Centros de Saúde da Santa do Porto Moniz, Ribeira da Janela, Porto Moniz e Seixal, este espaço encontra-se com problemas por falta de médicos”.
“Este é o resultado de uma medida eleitoralista, por parte do Governo Regional, que decidiu abrir as urgências do Porto Moniz durante 24 horas. O JPP sempre defendeu a abertura das urgências por 24 horas, mas não com penalização para os doentes”, afirmou Paulo Alves, explicando que “tem acontecido que os médicos que são destacados para fazer as urgências durante a noite não conseguem, depois, dar consultas durante o dia. O que resulta que as consultas nestes Centros de Saúde têm sido constantemente adiadas e, por vezes, canceladas”.
Para o deputado do JPP, este “é mais um sinal de que nem tudo vai bem na Saúde na Madeira e no nosso Serviço Regional de Saúde. Pedro Ramos, responsável pela tutela, tem por hábito empurrar os problemas para a República, tentando esconder aquilo que corre mal na Região”.
“Já não bastavam as longas listas de espera na Saúde, já não basta a falta de medicamentos para doentes oncológicos – que sabemos que aguardam há mais de três meses para fazer um tratamento -, agora surgem estes novos problemas pelo facto do presidente do Governo Regional, numa medida eleitoralista, ter aberto as urgências durante 24 horas mas ter deixado os doentes sem as consultas com o seu médico de família”, atirou o parlamentar.
Paulo Alves apontou também que “é bandeira do PSD dizer que aqui, nas Achadas da Cruz, há cobertura a 100% de médicos de família. O que não corresponde à verdade pois, se existem doentes com as consultas constantemente adiadas e cancelas porque o médico de família não as consegue atender, significa que, na prática, a população não tem a resposta a 100% por médicos de família”, afirmando ainda que “as autarquias locais já contactaram o SESARAM sobre este problema mas não obtiveram qualquer resposta”.
“O que queremos é que o Governo Regional, e a tutela da Saúde, tenha responsabilidade nas suas opções políticas de modo a não penalizar as pessoas, nomeadamente os idosos destas freguesias”, finalizou o deputado do JPP.