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Laboratório da PJ na Madeira identificou sete novas drogas nunca antes detetadas em Portugal

Data de publicação
12 Novembro 2024
9:58

A extensão do Laboratório de Polícia Científica da Madeira detetou em pouco mais de um ano sete novas substâncias de droga na região que nunca haviam sido detetadas em Portugal, disse ontem uma especialista numa audição no parlamento regional.

“Este ano e meio de funcionamento da extensão do laboratório na Madeira detetamos o aparecimento de sete novas substâncias apenas na Região Autónoma da Madeira, a maior parte delas foram detetadas nas apreensões da Polícia Judiciária”, disse Maria João Caldeira, perita da Polícia Cientifica do Laboratório da Polícia Judiciária.

Maria João Caldeira falava por videoconferência numa audição parlamentar requerida pelo PSD intitulada “Esclarecimentos sobre programas de combate e dissuasão do consumo de drogas e substâncias psicoativas na Região Autónoma da Madeira”.

A perita garantiu que essas “substâncias nunca antes foram detetadas em mais lado nenhum em Portugal”.

Numa nota divulgada pela Assembleia Legislativa da Madeira sobre a audição é referido que a especialista considerou que a recente alteração da Lei das Drogas ainda “está um pouco perdida na matéria, limitando-se a identificar as drogas que vão sendo sinalizadas, além da casuística”.

“Vamos fazendo estudos e quando verificamos algo fora de comum, comunicamos à Europa e ao nosso representante nacional, sem o prejuízo de estabelecermos outros mecanismos de comunicação”, adiantou Maria João Caldeira, citada na nota.

A perita referiu ainda que “a PJ está pronta para avançar num projeto de estudo das águas residuais da Madeira, para pesquisa e posteriormente para deteção e avaliação das mesmas”.

Em matéria de identificação das drogas sinalizadas na Madeira, a especialista da Polícia Científica do Laboratório da PJ informou que o tempo era de “dois anos para os novos fenómenos, que já não eram novos, no entanto neste momento o tempo de resposta passou para poucos meses, no máximo três”.

“Em termos de substâncias apreendidas, verificou-se ainda que a droga mais comercializada seria o ‘bloom’”, acrescentou, explicando tratar-se da “droga sintética que só no ano passado levou mais pessoas ao internamento no arquipélago”, a maioria jovens.

Na audição, a perita da PJ sugeriu a implementação de “uma legislação mais generalista, como “uma das hipóteses para melhorar o problema do consumo de drogas na Madeira”, alertando que os baixos valores comerciais destas drogas são os principais incentivadores ao seu consumo.

De acordo com os dados divulgados, a Madeira é a segunda região do país onde o consumo de novas substâncias psicoativas é mais elevado, depois dos Açores, realçou.

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