Marco Gonçalves, cabeça-de-lista do PAN, considera que a autonomia “tem sido mal utilizada” e apontou o dedo a uma estratégia de manutenção do contencioso com o Governo central.
“Infelizmente, temos vindo a ser representados na Assembleia da República praticamente por dois partidos que, por algum interesse, mantiveram o contencioso da autonomia”, disse, entendendo que “a bipolarização não trouxe nada de bom à Região”.
O candidato do PAN defendeu que “tem de haver um reforço do financiamento do poder autonómico”. “Não importa apenas transferir medidas políticas para a Região se não tivermos oportunidade de ter meios financeiros para aplicar. Daí que o PAN proponha a alteração do cálculo de financiamento orçamental para as regiões”, afirmou.
Em relação a outros temas levados ao debate, Marco Gonçalves adiantou que o PAN admite que possa haver uma ligação marítima entre a Madeira e o continente, mesmo que seja apenas em alguns períodos do ano e defendeu um reforço de subsídios para esbater o custo do transporte de mercadorias para a Região.
Sobre a mobilidade aérea, afirmou que o Estado deve ter atenção às questões da insularidade, sublinhando que os madeirenses e açorianos não podem ser prejudicados por viverem em ilhas, e defendeu ainda um subsídio de mobilidade sem teto máximo ou o estabelecimento de preços limite para as companhias aéreas.