As câmaras municipais da Madeira investiram 2,5 milhões de euros em tecnologias de informação e comunicação em 2023, indicou hoje a Direção Regional de Estatística (DREM), referindo que o parque informático nas autarquias contabilizava 1.821 computadores.
“Na Região Autónoma da Madeira, os trabalhadores do serviço afeto às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas câmaras Municipais representavam apenas 1,28% do total”, esclarece a autoridade regional, adiantando que o sexo masculino era preponderante neste domínio (83% dos trabalhadores), o que compara com 70% no universo dos municípios.
De acordo com os resultados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação (IUTICCM) nas Câmaras Municipais, relativo ao ano de 2023, hoje divulgado, as 11 autarquias madeirenses registaram um total de despesa em TIC de 2,510 milhões de euros.
“Importa salientar que este valor representa o somatório da despesa em ‘hardware’ e equipamento (1,455 milhões de euros), aquisição de serviços (968.566 euros) e outras despesas (86.240 euros)”, refere a DREM.
A totalidade das câmaras municipais da região autónoma está presente nas redes sociais e 64% recorreu à Internet ou a outras redes eletrónicas para as suas compras de bens ou serviços.
Já em relação à análise de dados (BigData) e dados abertos, as principais fontes usadas foram os dispositivos ou sensores inteligentes (18%), sendo que 55% das câmaras utilizaram dados abertos do portal dados.gov.pt e 45% forneceu dados para este mesmo portal.
Quanto a tecnologias emergentes, a DREM conclui que 45% das câmaras comprou serviços de computação na nuvem (‘cloud computing’) e apenas 18% utilizou tecnologias de inteligência artificial (IA) em 2023.
No domínio da cibersegurança, 90% dos municípios madeirenses declarou proceder à atualização regular do ‘software’, 82% ao controlo de acessos remotos à rede e a mesma percentagem (82%) à análise de riscos em relação a todos os ativos que garantam a continuidade do funcionamento das redes e dos sistemas de informação.
Por outro lado, 64% efetua testes de segurança às TIC, que englobam testes de intrusão aos sistemas de alerta e de ‘backup’, revisões às medidas de segurança entre outros aspetos relacionados com a segurança da informação.
“É de referir que 90% das câmaras implementaram, em 2023, medidas para redução do papel para impressão e cópia e 82% implementaram medidas para redução dos consumos de energia pelas TIC”, adianta a DREM.