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Ucrânia: Scholz e Trump de acordo sobre necessidade de pôr fim rápido à guerra

Data de publicação
19 Dezembro 2024
20:20

O chanceler alemão, Olaf Scholz, conversou hoje por telefone com o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem concordou, segundo Berlim, quanto à necessidade de alcançar o mais rapidamente possível uma paz justa na Ucrânia.

“Os dois concordaram que a guerra russa contra a Ucrânia já dura há demasiado tempo e que é agora necessário encontrar o mais rapidamente possível um caminho para uma paz justa e duradoura”, declarou um porta-voz de Scholz num breve comunicado.

O tema central da conversa entre Scholz e Trump foram os desafios para a segurança na Europa, de acordo com a nota.

“O chanceler reiterou mais uma vez que manterá durante o tempo que for preciso o apoio à Ucrânia para a sua defesa contra a guerra de agressão russa”, concluiu o porta-voz.

Na quarta-feira, Scholz participou numa reunião em Bruxelas com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual estiveram presentes diversos líderes europeus, para discutir a questão de como delinear garantias de segurança para a Ucrânia se se alcançar um cessar-fogo.

“Juntamente com os Estados Unidos, a Europa é suficientemente forte para obrigar a Rússia a uma verdadeira paz. A paz pela força chegará certamente”, escreveu hoje Zelensky nas redes sociais, usando o ‘slogan’ escolhido por Trump para definir sua política externa.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

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