A Assembleia Legislativa da Madeira volta hoje a reunir-se para uma sessão plenária, três semanas depois da última reunião, que teve lugar no dia seguinte ao desencadear da megaoperação que resultou em mais de uma centena de buscas e na detenção de três arguidos, ontem libertados sob termo de identidade e residência. Esta quinta-feira, no regresso aos trabalhos parlamentares, Ricardo Lume, do PCP, não deixou de se pronunciar sobre os 21 dias de “marasmo” e frisou que “as instituições democráticas não podem ficar paradas enquanto a Justiça faz o seu trabalho”.
Num curto período antes da ordem do dia, o deputado único comunista foi o segundo a falar - depois de Mónica Freitas - e exigiu uma “clarificação” por parte da maioria que sustenta o Governo Regional.
“Há 21 dias que este parlamento não reúne. Estamos num marasmo devido a uma investigação judicial. As instituições democráticas não podem ficar paradas enquanto a justiça faz o seu trabalho”, disse, considerando inaceitável que, 21 dias depois, ainda não exista uma clarificação por parte da maioria, do representante da República ou do Presidente da República sobre a situação e as soluções.
Antes de Ricardo Lume, Mónica Freitas fora a primeira a tomar a palavra, para pedir mais elevação aos intervenientes políticos, à sociedade e à comunicação social.
Ser deputado ou deputada não é profissão, mas devia ser exigido profissionalismo”, disse a deputada única do PAN, a concluir uma curta declaração, através da qual apelou a que a política não fosse usada como “um ringue de boxe”.
Mais nenhum partido usou da palavra durante o período antes da ordem do dia para falar sobre o assunto que mais tem marcado a atualidade da Região nas últimas três semanas.