O Plano Municipal de Juventude do Funchal - Funjovem 20-30’ foi apresentado no início da tarde de hoje, na autarquia do Funchal.
O documento apresenta sete metas a alcançar no período em causa, ou sete "FunGoals", nomeadamente Educação e formação de qualidade; emancipação jovem; qualidade de vida para todos; Cidade verde e sustentável; Cidadania e participação juvenil; associativismo e voluntariado e cultura e lazer para todos.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia disse que este plano surge na sequência do Conselho Municipal da Juventude, criado no mandato anterior, "que reuniu e identificou um conjunto de lacunas nas políticas da juventude da cidade, como a falta de um plano que pudesse congregar as diferentes visões das diversas associações do meio formativo, associativo, desportivo e cultural".
Nesse sentido, surge um plano com medidas que apontam para a implementação de um cartão jovem municipal, a constituição de um gabinete municipal de juventude, a criação de um festival municipal de juventude anual, entre outras ações. "O plano permitirá agir de uma forma estruturada para atender aos problemas da juventude".
Sendo a problemática do desemprego jovem uma das preocupações manifestadas, Miguel Silva Gouveia disse que a autarquia tem estado atenta. "Neste momento, a Câmara tem promovido o ensino superior, com bolsas de estudos para todos os universitários do Funchal, por um lado, e por outro criando uma plataforma de transição entre a vida académica e o mercado de trabalho, "permitindo que ganhem competências nos serviços da Câmara, através dos Programas Ocupacionais de Formação em Contexto de Trabalho".
Trata-se de uma medida que a CMF tem promovido desde 2015. "Nos últimos dois anos, em contexto de pandemia, já investimos mais de um milhão de euros e onde os jovens representam uma fatia substancial das pessoas que estão nesses programas. É uma forma que a câmara tem, com recursos do orçamento municipal, ajudar os jovens".
Já Francisco Dionísio, responsável pela constituição do ‘FunJovem 20-30’ destacou que o documento estratégico foi construído pelos jovens que definiram as metas e as áreas definidas pelos próprios. Tem a particularidade de ser um plano a dez anos que será monitorizado também pelos jovens, com a revisão das metas de dois em dois anos. "Queremos que se faça um trabalho contínuo na cidade do Funchal em torno dos jovens", realçou, destacando o contributo das diversas organizações envolvidas no plano, como a Câmara e juntas de freguesia, direção Regional de Juventude, Instituto de Emprego da Madeira, associações juvenis, escolas, entre outras.