O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira considerou hoje, na tomada de posse do novo Governo Regional, que a legislatura que agora se inicia é a “mais desafiante e mais exigente” da história da democracia e da autonomia na Madeira.
“Pela primeira vez em quase cinco décadas, toma posse um Governo Regional minoritário, cuja governação depende do diálogo e da negociação que forem mantidas entre si e as outras forças políticas, representadas no Parlamento”, enquadrou, defendendo a necessidade “de encontrar entendimentos que permitam a estabilidade política e a governabilidade da Madeira”.
Dizendo tratar-se de um “tempo novo”, José Manuel Rodrigues considera que é preciso também “novas posturas”, “novos comportamentos” e, sobretudo, “uma grande humildade democrática”.
“Quem não perceber esta realidade, ou a ignorar, incorre num perigoso erro que os madeirenses não perdoarão”, avisou, porque “não podemos ir de eleição em eleição, acrescentando problemas aos problemas já existentes”.
Depois, o presidente da Assembleia Legislativa disse que os “madeirenses desejam ardentemente” a aprovação de um Orçamento que retire a administração pública da “paralisia em que esta ficou mergulhada”, que permita relançar o investimento e as obras públicas, que maximize o aproveitamento dos fundos europeus, que reduza os impostos e que crie as condições de confiança para a retoma do investimento privado.
Para Rodrigues, o novo espetro político saído das eleições reforça a Assembleia como centro do debate político e espaço de negociação entre quem é Governo e as restantes forças partidárias” e, por isso, “do Governo espera-se humildade, diálogo e capacidade negocial”, mas “às oposições exige-se, precisamente, a mesma forma de estar”.