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JMJ: Entrega dos símbolos a Seul marca fecho da Jornada de Lisboa

Data de publicação
20 Novembro 2024
12:50

Cerca de uma centena de portugueses são esperados no domingo em Roma, para a entrega dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude a Seul, que receberá o próximo encontro mundial de jovens com o Papa, em 2027.

A entrega dos símbolos à capital da Coreia do Sul encerrará formalmente a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, com a delegação portuguesa a congregar cerca de uma centena de pessoas, “entre jovens e outros responsáveis da organização” da JMJ que teve lugar em Lisboa em agosto do ano passado e que contou com a presença do Papa Francisco.

“Todas as dioceses portuguesas estarão representadas” na cerimónia de domingo, avançou à agência Lusa fonte da Fundação JMJ Lisboa 2023, acrescentando que “o maior grupo partirá do aeroporto de Lisboa, no sábado” de manhã.

Integrados na comitiva seguirão o cardeal Américo Aguiar, principal rosto da organização da JMJ de 2023, o bispo auxiliar de Lisboa Alexandre Palma, novo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, o patriarca de Lisboa, Rui Valério, e o bispo de Bragança-Miranda, Nuno Almeida, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (órgão da Conferência Episcopal Portuguesa que coordena a pastoral juvenil nacional).

“A delegação portuguesa integra ainda vários padres e leigos que lideraram áreas de organização da JMJ Lisboa 2023 e que lideram pastorais juvenis de várias dioceses nacionais”, acrescentou a mesma fonte.

A cerimónia de passagem dos símbolos - cruz peregrina e ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – ocorrerá na Basílica de São Pedro, na manhã de domingo, Dia Mundial da Juventude, durante a missa presidida pelo Papa.

A cerimónia de passagem dos símbolos é simples, estando previsto que, no final da missa, os jovens portugueses transportem a cruz e o ícone até à zona central da Basílica, onde os entregarão aos jovens da delegação coreana.

Com 3,8 metros de altura, a cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.

“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, segundo uma nota divulgada aquando da JMJLisboa2023, acrescentando que “em 1985 esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.

“Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, adiantava a nota.

O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.

“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, acrescentava o documento.

Lisboa recebeu a edição de 2023 da Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 01 e 06 de agosto, com as principais cerimónias a terem como palco o Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, bem como o Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Estima-se que cerca de 1,5 milhões de jovens de todo o mundo participaram na JMJ realizada em Portugal.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).

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