O Museu Etnográfico da Madeira (MEM), espaço tutelado pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, recebe a quarta iniciativa do “Sabores no Museu”, no próximo dia 16 de outubro, pelas 11 horas.
Recorde-se que este projeto turístico-cultural, promovido pelo MEM em parceria com a Associação Atremar a Ilha, pode ser definido como uma experiência gastronómica, aliada à exploração museológica da cultura popular da Região. Pretende valorizar e dar a conhecer as coleções do museu e a gastronomia tradicional genuína, procurando preservar testemunhos do nosso património cultural material e imaterial, que nos identificam e distinguem, culturalmente.
Proposto pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura e tendo merecido o seu apoio, através de um protocolo de cooperação e desenvolvimento cultural, estabelecido com aquela associação cultural, estas oficinas têm lugar na terceira semana de cada mês, entre os meses de julho e novembro de 2024 e destinam-se a todos os visitantes, com um número limite de 50 participantes, sendo que o quarto evento terá assim lugar na quarta-feira, dia 16 de outubro, pelas 11 horas.
Após uma visita guiada ao museu, os grupos poderão usufruir de uma oficina de culinária tradicional, orientada por Sandra Cardoso, mais conhecida como a “Biqueira”. Da oficina, faz parte a exibição de um pequeno filme, sobre o prato a ser confecionado, contextualizando-o, culturalmente, seguindo-se de uma prova, neste caso, da tradicional “sopa de trigo”.
Como referem os responsáveis da Associação Cultural Atremar a Ilha, “esta sopa está ligada às suas raízes e aos hábitos alimentares das gentes da sua terra, a Camacha e no trabalho de recolha que temos desenvolvido, junto da população da ilha, na nossa passagem pelo concelho de Santana, tive a oportunidade de aprender mais, através da partilha da experiência e sabedoria da senhora Ana Gouveia, de 85 anos. Nascida e criada naquele concelho, passa a maior parte dos seus dias a fazer as lides da casa e do campo. Trata dos seus animais, galinhas, porco e vaca, e essa é a carne que consome. No ‘lar’ faz a sua comida, e tem sempre uma panelinha, ao lado, para cozer o ‘comer’, para o porco e as galinhas. Os restos da cozinha são todos aproveitados para os bichos. Trabalha sozinha ‘mais Deus’ e sente-se feliz na sua terra, no lugar onde sempre foi acostumada.”
O Secretário Regional de Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, enaltece este projeto recordando que as três primeiras sessões tiveram grande sucesso e procura por parte da comunidade, esgotando as vagas rapidamente. “Acredito que esta quarta sessão e a próxima, do mês de novembro, terão um resultado semelhante”, diz. “Com este projeto, o Museu Etnográfico e a Atremar a Ilha estão a levar até às pessoas a nossa gastronomia tradicional, valorizando esta que é uma parte fundamental da nossa identidade e do nosso património cultural”, refere ainda o governante.
As inscrições deverão ser efetuadas, previamente, através dos contatos museuetnografico@gmail.com e/ou 291 145 326.