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Óbito/Eriksson: Benfica recorda “urbanidade” de treinador “à frente no seu tempo”

Data de publicação
26 Agosto 2024
14:29

O Benfica lamentou hoje a morte do seu antigo treinador Sven-Goran-Eriksson, aos 76 anos, recordando-o como um exemplo de “elegância, educação e urbanidade”, além de um técnico “revolucionário” e “à frente no seu tempo”.

“Muito para além dos títulos, a marca de Eriksson no futebol português foi a de um revolucionário, de um treinador à frente no seu tempo. No plano social, destacou-se sempre pela elegância, educação e urbanidade. Um treinador e um homem verdadeiramente à Benfica”, reagiu o clube da Luz, em nota divulgada no seu site oficial.

O emblema lisboeta lembra o sueco como “um dos mais icónicos e reconhecidos treinadores” que passaram pela Luz, salientando: “Sven-Göran Eriksson, um nome que une várias gerações de Benfiquistas que, juntos, nunca permitirão que seja esquecido”.

Eriksson morreu hoje em casa, aos 76 anos, depois de uma luta contra um cancro no pâncreas, informou a família do antigo treinador, em comunicado.

Notabilizou-se enquanto treinador ao serviço do Gotemburgo, o que o conduziu ao Benfica em 1982/83, mantendo-se por duas épocas na Luz, antes de regressar em 1989, para mais três temporadas pelas ‘águias’.

No Benfica, o treinador, trazido pelo empresário Borge Lantz, após a conquista da Taça UEFA com o Gotemburgo, revolucionou o futebol dos ‘encarnados’, com ideias inovadoras à época, e conduziu a equipa a três campeonatos (1982/83, 1983/84 e 1990/91), a uma Supertaça (1989/90) e a uma Taça de Portugal (1982/83).

Eriksson liderou também as ‘águias’ na final da Taça UEFA de 1982/83, perdida para o Anderlecht, em eliminatória a duas mãos, e na final da Liga dos Campeões de 1989/90, em que perdeu com o AC Milan (1-0), em Viena.

Os resultados na primeira passagem pelo Benfica levaram o treinador a ser cobiçado na Europa, levando-o em períodos distintos à Série A, como treinador da Roma, Fiorentina, Sampdoria e Lazio.

Mais tarde, desempenhou funções de selecionador de Inglaterra, México, Costa do Marfim e Filipinas, mas também foi treinador do Manchester City, Notts County, Leicester, Shanghai SIPG, Guangzhou, entre outros.

No início do ano, o treinador revelou ter sido diagnosticado com um cancro do pâncreas em fase terminal e que teria, de acordo com parecer clínico, menos de um ano de vida.

A informação mereceu uma onda de solidariedade e lembrança ao treinador, que chegou a ser homenageado presencialmente por alguns dos clubes pelos quais passou, desde o Gotemburgo à Sampdoria, mas também o Benfica.

Os ‘encarnados’ receberam o treinador no Estádio da Luz em abril, antes de um jogo europeu com o Marselha, para a Liga Europa, e Eriksson foi ovacionado de pé pelos adeptos, mas também por muitos jogadores que treinou e que estiveram nesse dia ao seu lado.

Toni, que foi seu adjunto, e futebolistas como Maniche, Rui Águas, César Brito, Humberto Coelho, Shéu Han, Filipovic, Valido, Veloso, João Alves, Vítor Paneira, Bastos Lopes, Valdo, Diamantino, Carlos Manuel ou Álvaro Magalhães foram alguns dos seus antigos jogadores que o ladearam, depois de lhe prestaram um corredor de honra, entre aplausos e cumprimentos.

“Eriksson: desde de 1982, até ao fim”, escreveram os adeptos.

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