O ex-presidente norte-americano Donald Trump defendeu hoje, em mensagem da sua equipa de campanha, que "a presidência de Joe Biden tem sido um fracasso" e "não merece mais quatro anos para continuar a destruir os Estados Unidos".

Numa longa mensagem divulgada após Biden ter anunciado que é candidato à reeleição em 2024, a equipa de Trump faz um balanço muito negativo da situação do país com o atual presidente democrata e expõe em detalhe o que o anterior quer fazer se ganhar as eleições no próximo ano e regressar à Casa Branca.

"Os Estados Unidos estão à beira de uma guerra nuclear mortal. Os norte-americanos estão a lutar para pagar os alimentos e a gasolina. A fronteira foi aberta a milhões de imigrantes ilegais, desconhecidos e toneladas de drogas mortais", segundo o resumo da situação feito pela campanha de Trump.

Trump e Biden foram os candidatos republicano e democrata, respetivamente, nas eleições de 2020, um cenário que se repete em 2024 se, como indicam as sondagens, o primeiro conseguir a nomeação pelo Partido Republicano.

Entre as medidas que Trump pretende aplicar, se regressar à Casa Branca, estão incentivos à natalidade para ajudar famílias jovens a iniciar "um 'baby boom' muito necessário", "recompensar a produção nacional e aumentar as tarifas para fabricantes estrangeiros" e "eliminar toda a regulação federal desnecessária que crie obstáculos à produção de energia doméstica".

A agenda do ex-presidente inclui ainda a promessa de retirar os Estados Unidos do Acordo Climático de Paris, aprovar rapidamente infraestruturas energéticas e mobilizar os recursos militares necessários para impor um embargo naval total aos cartéis de droga e declará-los organizações terroristas.

Trump quer também pedir ao Congresso para assegurar que os narcotraficantes recebem a pena de morte e fazer "um investimento recorde" no recrutamento e treino de polícias.

Na educação, cortará o financiamento federal para qualquer escola que promova teorias de racismo sistémico, ideologia de género e outros "conteúdos impróprios".

Lusa