A Liga Árabe apelou hoje ao Irão para não provocar “discórdia” na Síria após a queda do Presidente Bashar al-Assad, um aliado de Teerão.
Em 8 de dezembro, uma coligação de rebeldes liderada pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) entrou em Damasco e anunciou o derrube do governo de Bashar al-Assad após uma ofensiva relâmpago.
Bashar al-Assad, que governou a Síria com mão de ferro durante 24 anos, fugiu para Moscovo na sequência da ofensiva rebelde que tomou conta de grande parte do país, marcado por mais de 13 anos de guerra.
A Liga Árabe, que reintegrou Bashar al-Assad em 2023 após uma década de isolamento, sublinhou a necessidade de “respeitar a soberania, a integridade territorial e a estabilidade da Síria, limitar as armas às mãos do Estado, dissolver todas as formações armadas e rejeitar todas as intervenções estrangeiras desestabilizadoras”.
E disse também “rejeitar as declarações iranianas que visam provocar a discórdia entre o povo sírio”, sem especificar a que declarações se refere.
O porta-voz dos Negócios Estrangeiros do Irão, Esmaeil Baqaei, protestou hoje contra as notícias de que o Irão estaria a “interferir nos assuntos internos da Síria”, descrevendo-as como “infundadas”.
O Irão está empenhado em “apoiar a integridade territorial e a unidade nacional da Síria, assim como o estabelecimento de um sistema político inclusivo”, afirmou.