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Partidos confirmam eleições antecipadas na Alemanha a 23 de fevereiro

Data de publicação
12 Novembro 2024
18:18

Os grupos parlamentares dos partidos social-democrata (SPD) e conservador (CDU) da Alemanha confirmaram hoje 23 de fevereiro como data para as eleições legislativas antecipadas, faltando a aprovação do Presidente, Frank-Walter Steinmeier.

O líder dos deputados do SPD, Rolf Mutzenich, detalhou à imprensa o calendário, segundo o qual o chanceler alemão, Olaf Scholz, apresentará o seu voto de confiança por escrito a 11 de dezembro para ser debatido e decidido cinco dias depois.

“Agora podemos finalmente deixar de lado esta discussão cansativa sobre a data das eleições e concentrarmo-nos no que é, em última análise, bom para o nosso país”, sublinhou.

Mützenich descreveu ainda como “muito inteligente” a decisão do chanceler de delegar a “discussão inútil” sobre datas nos líderes dos grupos parlamentares, afirmando que as conversas decorreram num ambiente de confiança e confidencialidade.

Friedrich Merz, líder do maior grupo parlamentar da oposição - constituído pela União Democrata-Cristã (CDU) e pela sua congénere União Social-Cristã (CSU) da Baviera - considerou “tolerável” que Scholz apresente a moção de confiança a 11 de dezembro e que a 16 de dezembro, uma segunda-feira, haja uma decisão.

“Imaginei que as coisas pudessem acontecer mais cedo”, comentou o político, que inicialmente tinha pedido a apresentação da moção já esta semana.

Mesmo assim, sublinhou que “23 de fevereiro é uma boa forma de avançar” e acrescentou que foi essa a proposta feita ao seu grupo.

Vários meios de comunicação alemães, citando fontes dos grupos parlamentares da SPD e CDU, já tinham avançado 23 de fevereiro como data provável para as eleições.

Segundo essas informações, os dois grupos tinham chegado a acordo sobre uma proposta de eleições legislativas antecipadas com o acordo dos liberais do FDP e dos Verdes.

A moção de confiança no parlamento alemão (Bundestag) vai ocorrer depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner (do FDP), que precipitou o fim da coligação “semáforo”.

Inicialmente, Scholz pretendia convocar uma moção de confiança a 15 de janeiro, o que levaria a Alemanha a ir a votos no final de março, seis meses antes do previsto. Depois da pressão de outros partidos e da opinião pública, mostrou flexibilidade.

“Não tenho qualquer problema em convocar uma moção de confiança antes do Natal, se todos estiverem de acordo”, revelou em declarações ao canal ARD.

Até às votações antecipadas, Scholz liderará um governo minoritário formado pelo seu partido, o SPD, e pelos Verdes.

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