Portugal e os outros 26 Estados-membros da União Europeia (UE) têm, até 30 de agosto, para propor dois candidatos, um homem e uma mulher, para o posto de comissário europeu no próximo mandato, foi hoje anunciado.

A solicitação foi feita em cartas enviadas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reeleita na semana passada, aos 27 países da UE, nas quais a responsável defende um “colégio de comissários equilibrado em termos de género”, segundo fontes europeias ouvidas pela agência Lusa.

Aquando da reeleição pelo Parlamento Europeu, na passada quinta-feira na sessão plenária na cidade francesa de Estrasburgo, a responsável agradeceu o seu “resultado muito melhor que em 2019” e informou que iria agora concentrar-se em formar o seu colégio de comissários para o mandato de 2024-2029.

“Vou concentrar-me agora na constituição da minha equipa de comissários para os próximos cinco anos e, nas próximas semanas, pedirei aos líderes [da UE] que apresentem os seus candidatos. Tal como da última vez, escreverei uma carta e solicitarei a proposta de um homem e de uma mulher como candidatos, sendo que a única exceção, tal como da última vez, é quando há um comissário em exercício nesse Estado”, disse Ursula von der Leyen na passada semana.

A líder do executivo comunitário precisou que, de seguida, irá “entrevistar os candidatos a partir de meados de agosto para escolher os candidatos mais bem preparados e que partilhem o compromisso europeu”.

“Mais uma vez, o meu objetivo será conseguir uma quota-parte igual de homens e mulheres no colégio de comissários”, adiantou.

Na passada quinta-feira, na primeira sessão plenária da nova legislatura da assembleia europeia, a política alemã de centro-direita Ursula von der Leyen conquistou 401 votos favoráveis (acima dos 360 necessários), 284 contra, 15 abstenções e sete nulos.

Enquanto primeira mulher na presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi aprovada pelo Parlamento Europeu em julho de 2019 com 383 votos a favor, numa votação renhida.

Ursula von der Leyen é presidente da Comissão desde dezembro de 2019 e foi a candidata cabeça de lista do Partido Popular Europeu (PPE) nas eleições europeias de junho passado.

No que toca à sua equipa executiva, a presidente da Comissão Europeia será responsável pela escolha dos candidatos e pela atribuição das diferentes pastas.

Entre outubro e novembro, haverá audições públicas no Parlamento Europeu aos nomes propostos para novos comissários europeus, cabendo à assembleia europeia informar sobre eventuais reservas sobre candidatos, antes de dar aval.

Portugal ainda não anunciou os seus candidatos.

Dos 27 lugares do próximo colégio de comissários, estão definidos os nomes de Ursula von der Leyen (presidente, da Alemanha) e de Kaja Kallas para Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e vice-presidente (Estónia). Os restantes nomes de candidatos já conhecidos são Teresa Ribera (Espanha), Wopke Hoekstra (Países Baixos), Valdis Dombrovskis (Letónia), Maros Sefcovic (Eslováquia), Michael McGrath (Irlanda), Henna Virkkunen (Finlândia) e Jessika Roswall (Suécia).