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Venezuela: González Urrutia diz que Panamá tem a custódia de “todas as atas” eleitorais

Data de publicação
09 Janeiro 2025
10:12

Edmundo González Urrutia, líder da oposição na Venezuela, afirmou ontem à noite que o Panamá recebeu “todas as atas” eleitorais das eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela que alegadamente lhe concediam a vitória.

“Estamos a assinar o ato de entrega das atas oficiais de 28 de julho”, disse González Urrutia ao assinar um documento rodeado pelas atas durante um evento com ministros dos negócios estrangeiros e antigos presidentes latino-americanos na Cidade do Panamá.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Panamá, Javier Martínez-Acha, defendeu durante o evento com “o presidente eleito” da Venezuela, que esta entrega dos resultados não era “simbolismo, é realidade”.

Maria Corina Machado, opositora do regime na Venezuela, declarou na sua conta na rede social X que “todas as atas ficarão sob a custódia do governo do Panamá nos cofres do seu Banco Nacional, até que façam a sua viagem de volta para a Venezuela”.

“Hoje estabelece-se um vínculo histórico entre os povos do Panamá e da Venezuela”, afirmou a opositora do regime do Presidente Nicolas Maduro no X.

A coligação representada por González Urrutia, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), publicou após as eleições num site o que afirma ser 85,18% dos registos de votação, que diz ter obtido graças a testemunhas e membros das mesas de voto no dia das eleições, e que “demonstram” a vitória da oposição com 67% dos votos contra 30% de Maduro.

Após as eleições de 28 de julho na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelos chavistas, declarou Maduro vencedor com 51,95% dos votos, contra 43,18% de González Urrutia, um resultado que ainda não foi publicado em pormenor pela instituição, que na altura alegou um ataque informático ao seu sistema.

González Urrutia está de visita ao Panamá no âmbito de uma digressão internacional que antecede o dia 10 de janeiro, data em que Nicolás Maduro tomará posse para mais um mandato consecutivo, perante as alegações da oposição de fraude nas eleições de julho.

O líder da oposição disse que estará na Venezuela para assumir seu mandato, apesar de um mandado de prisão da Procuradoria Geral da Venezuela e de uma recompensa.

González Urrutia encontrou-se na quarta-feira com o Presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que lhe estendeu o “apoio moral e político” do seu governo, recebeu uma condecoração do Presidente da Câmara do Panamá, Mayer Mizrachi, e deverá reunir-se com a comunidade venezuelana antes de prosseguir a sua viagem para a República Dominicana.

“É por isso que hoje, aqui, em nome do corajoso povo [venezuelano] que me elegeu, venho exortar-vos a acompanhar-nos inequivocamente neste dever sagrado que nos cabe. A soberania popular não é negociável”, declarou González Urrutia, num discurso proferido perante ministros dos Negócios Estrangeiros e ex-presidentes de “países amigos” reunidos na Cidade do Panamá.

O líder da oposição da Venezuela reivindicou a sua vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho, sublinhou que há atas que a comprovam e que “ninguém no mundo pode atualmente ter dúvidas sobre qual é a vontade” dos venezuelanos.

“Essas atas são a minha verdadeira faixa tricolor presidencial, foi-me dada pelo povo, é a verdadeira, não a fictícia (...) da tirania”, asseverou González Urrutia, que insistiu que pretende regressar à Venezuela para assumir o Governo no próximo dia 10 de janeiro.

Após as eleições de julho passado, o Panamá e a Venezuela encerraram as respetivas representações diplomáticas e o governo de Maduro suspendeu os voos comerciais com o Panamá.

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