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“Falta a alternância do poder para que a Democracia se cumpra na Madeira”, afirma Sofia Canha

Data de publicação
09 Janeiro 2025
18:39

A deputada do PS-Madeira à Assembleia da República destacou, hoje, os avanços que serão alcançados com a alteração à Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira, introduzindo o voto antecipado em mobilidade e o respeito pela paridade nas listas de candidatos às eleições regionais, e considerou que, agora, para que a Democracia se cumpra na Madeira, falta a alternância do poder.

Sofia Canha, que falava no âmbito da discussão na Lei Eleitoral para a ALRAM, salientou que a participação das mulheres na esfera política é fruto do trabalho persistente e firme de forças progressistas do nosso país, “de mulheres e homens que lutaram no passado, continuam a lutar no presente e não deixarão de pugnar pela justiça, pela liberdade e pela igualdade no futuro”.

No entanto, disse que, na Madeira, esta questão já vem com 18 anos de atraso em relação à aprovação da Lei da Paridade e com nove anos de atraso em relação à Região Autónoma dos Açores. A socialista criticou a postura do líder da bancada social-democrata na Assembleia Legislativa da Madeira, partido que sempre recusou sistematicamente a paridade na Madeira com o argumento de que “as mulheres tinham participação nas listas eleitorais do PSD por mérito, não sendo necessário decretar, mas depois verificava-se que a primeira mulher surgia em 6º lugar e em maior número como suplentes”.

Apesar das diferenças que separam as visões de ambos os partidos, Sofia Canha congratulou-se com a introdução da paridade nas listas eleitorais na lei orgânica regional, o que, disse, “representa um robustecimento da nossa democracia, ao permitir que uma lei fundamental espelhe o universo de homens e mulheres da sociedade madeirense e garanta a representação mais equilibrada entre géneros e uma maior participação de mulheres na vida pública”.

“Quando o Parlamento legisla sobre a participação política das mulheres está a contribuir para a promoção do direito à igualdade e, assim, a tornar a sociedade mais justa e fraterna. É porque, ao assumir esse desígnio, está a dar um sinal claro a toda a sociedade que a Região ou o País conta com o seu todo e não com uma parte, que o progresso e o desenvolvimento social acontecem porque ninguém fica excluído por razão do seu sexo e que a carga cultural que trazemos não é uma fatalidade”, acrescentou.

Na ótica da deputada do PS, este é “um dia feliz” para as mulheres da Madeira e do Porto Santo, bem como um momento de satisfação para a generalidade dos eleitores ilhéus, que passarão a ter a possibilidade do voto antecipado em mobilidade, o que amplia as possibilidades de participação eleitoral, ao facilitar o exercício de um direito fundamental. “Este era um passo fundamental para combater a pouca participação eleitoral e envolver os jovens nos atos eletivos, na vida democrática da Região”, observou.

Para Sofia Canha, a maturidade democrática verificou-se na aprovação deste diploma que resultou do esforço conjunto da Comissão Eventual para a Consolidação e Aprofundamento da Autonomia e Reforma do Sistema Político, sendo que “para que a Democracia se cumpra na Madeira, falta a alternância no poder”.

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