MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

7/01/2025 08:00

Hoje, a felizmente maior Esperança de Vida das populações exige políticas novas em relação à Terceira Idade.

Primeiro. As Pessoas da Terceira Idade têm de lutar para ajudar a contrariar o individualismo pragmático-ganancioso da maior parte dos titulares do Poder na actual geração.

Gente oriunda do falhanço estrondoso das “juventudes partidárias” em toda a Europa do final do século XX que, em vez de terem sido preparadas e aderentes a uma Formação com base nos Valores e Princípios de uma Democracia Humanista, antes e apenas só pensaram e preparam-se para um carreirismo político-partidário que lhes trouxesse o mais possível de vantagens materiais.

É contra esta geração e a respectiva maneira de fazer política que os Cidadãos e as Cidadãs de Terceira Idade têm de ser activos. Até porque, felizmente, vemos já as gerações agora com trinta, e menos anos, a adoptar uma postura diferente, contra tais práticas políticas. E é esta aliança de gerações que, em todo o mundo democrático, pode quebrar o iníquo monopólio da política que está nas mãos dos partidos políticos e corrigir os vícios dos sistemas parlamentaristas.

Segundo, vemos a “geração falhada” que já se adivinhava nos anos 90 - e que até trouxe de novo a guerra à Europa - ter feito bandeira para a Terceira Idade, a questão da eutanásia, metendo o Estado em questões de Consciência onde não deve estar, mas sem quaisquer políticas válidas, nunca executadas, para a Inclusão e para a Coesão de todas as gerações.

Terceiro, no errático da actual geração no poder, consta a vigarice demagógica da escolha de pessoas para os lugares de responsabilidade públicas não em função do Mérito, não por se tratar dos MELHORES, mas conforme a idade e o sexo!

E, claro, para afastar todos aqueles que, já na Terceira Idade, sejam melhores que os caça-tachos!...

Quarto. Processo para a construção de um mundo melhor, não apenas “o nosso”, é a Terceira Idade apoiar tudo o que seja SUCESSO, pessoal ou colectivo, e ajudar a eliminar as invejas que, multiplicadas, traduzem o comportamento das gerações que praticam o individualismo egoísta e a sofreguidão pelas vantagens materiais.

Quinto. Há que eliminar um hábito consentido que visa afastar muitos dos melhores em cada Sociedade. O complexo ante os Bons Profissionais já com certa idade. Não se recorre, põe-se de parte, dos melhores que cada Colectividade tem, porque se criou o mito “já tem uma certa idade”, logo, erradamente, não se procura os Seus Serviços.

Em 2020, o número de pessoas com mais de 60 anos, era maior do que o número de pessoas com menos de 5 anos.

Com a duplicação da população mundial, as pessoas com mais de 60 anos, em 2015, eram 12% dos Seres Humanos do planeta. Em 2050 serão 22%.

Hoje, Portugal Tem 22% da sua população com mais de 65 anos. Já dá para ser o partido mais votado.

E enquanto a Europa caiu nesta forma de decadência - bem como noutras - de excluir, descartar a Terceira Idade, as civilizações de Roma, da Grécia, da China, dos Hebreus e da África ao Sul do Sahara, foram-nos superiores na forma como tratavam e recorriam institucionalmente aos Cidadãos mais idosos.

Sexto. A Terceira Idade tem de se capacitar de uma coisa: HOJE, NÓS SOMOS UMA FORÇA.

E quem é FORÇA deve EXIGIR.

Não pode aceitar projectos e paleios para “coitadinhos”!

A cada político temos o Direito e o Dever de exigir saber como pretende reconhecer a NOSSA CIDADANIA.

Cito o Papa Francisco: “O que está em jogo é a Unidade das Idades na vida”.

Ou seja: O verdadeiro ponto de referência para compreensão e apreciação da Vida Humana na sua totalidade.

Logo, a pergunta é: - Existe Amizade, existe Aliança entre as várias Idades da Vida; ou prevalecerá a separação e o descarte?”.

Sétimo. Portanto, a começar pelas Pessoas da Terceira Idade, nenhuma avaliação séria pode ser baseada no “é velho” ou “é novo”, mas no que CADA UM É CAPAZ.

Oitavo. Mas, para que toda esta ACÇÃO seja assumida pelos menos jovens, é preciso manter actividade depois da Reforma; é necessário aceitar como naturais as transformações psico-físicas (inclusive no domínio do sexo, campo vasto para a imaginação e a criatividade afectivas); é imprescindível não se isolar; sobretudo, é obrigatório não se deixar deprimir, (inclusive com a Memória dos Amigos falecidos) e expandir a Felicidade por se encontrar vivo e activo.

Sobretudo desde o final do século XX, surgiu mais uma prática reacionária, travestida de “progressismo” e de WOKE, mas que é voltar ao obscurantismo da Idade Média e às práticas absolutistas do Renascimento: o Idadismo, que é a marginalização, o descarte das Mulheres e Homens da Terceira Idade.

Respondamos com o primado da Pessoa Humana, única essência racional, sobre as imposições das estruturas colectivas de hoje.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual a avaliação que faz do fogo-de-artifício deste ano?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas