A ONU disse hoje estar “profundamente preocupada” com a detenção arbitrária de opositores políticos do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em particular do defensor dos direitos humanos Carlos Correa.

“Está na altura de trabalhar para aliviar as tensões e reduzir o risco de mais violência. O diálogo é essencial”, escreveu Volker Turk, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, na rede social X, um dia antes de uma grande manifestação marcada para perturbar a tomada de posse do Presidente venezuelano, na sexta-feira.

A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, prometeu abandonar hoje o seu esconderijo para liderar o primeiro grande protesto da oposição há várias semanas.

Ao mesmo tempo, o Governo anunciou também uma marcha de apoio ao Presidente socialista, que deverá tomar posse para um terceiro mandato, na sexta-feira.

As autoridades mobilizaram forças de segurança em grande número por todo o país, especialmente na capital, Caracas, e levaram a cabo uma onda de detenções, incluindo a do antigo candidato da oposição Enrique Márquez, acusado de fazer parte de uma “conspiração para derrubar Maduro”.

Carlos Correa, diretor de uma conhecida ONG de direitos humanos, também foi detido.

A oposição reivindica a vitória do seu candidato Edmundo Gonzalez Urrutia nas eleições presidenciais de julho.