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Carlos Pereira defende eleições no PS e está disponível para a liderança

Data de publicação
09 Janeiro 2025
16:49

O socialista Carlos Pereira defendeu hoje que o PS/Madeira, liderado por Paulo Cafôfo, deve realizar eleições primárias e manifestou-se disponível para ser candidato à liderança da estrutura regional.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Pereira afirmou que é importante que os socialistas madeirenses realizem eleições primárias, para que seja encontrado “um novo projeto político a tempo de fazer um combate que permita conquistar a liderança da Madeira”.

O ex-presidente do PS/Madeira realçou que tem vindo a apelar à realização de eleições internas desde as últimas eleições regionais antecipadas, em 26 de maio, nas quais o PS elegeu 11 deputados de um total de 47.

“O PS precisa [de] sair da bolha onde se colocou nos últimos tempos, cada vez mais fechado sobre si próprio, para poder chamar a sociedade, mobilizar a sociedade madeirense, no sentido de poder ficar mais robusto, mais forte e traduzir melhor aquilo que são as expectativas dos madeirenses”, considerou.

Carlos Pereira, deputado do PS à Assembleia da República eleito pelo círculo de Lisboa, acrescentou que “os resultados eleitorais e as sondagens recentes demonstram que o Partido Socialista não está a ser capaz de traduzir aquilo que são os anseios das populações madeirenses”.

“Portanto, é um último apelo, um apelo com tranquilidade, sem promover discórdias internas”, apontou, afastando um cenário de recolha de assinaturas para originar um novo processo eleitoral.

“Este caminho que tem vindo a ser seguido não é um bom caminho para a Madeira, é um caminho que, de alguma forma, coloca o PS numa linha de partida bastante inferior àquela que era expectável e, portanto, é preciso uma mudança”, insistiu.

Paulo Cafôfo acusou hoje Carlos Pereira de prejudicar o partido e a região ao defender a realização de eleições internas antes da marcação das legislativas regionais antecipadas, em reação a uma notícia divulgada pelo DN/Madeira.

O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as investigações judiciais que envolvem Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos.

A aprovação da moção de censura, inédita na Região Autónoma da Madeira, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.

Na terça-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ouviu os sete partidos representados no parlamento regional - PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP, IL e PAN – e convocou o Conselho de Estado para o dia 17 de janeiro, pelas 15:00, para analisar a crise política na Madeira e decidir sobre a eventual marcação de eleições antecipadas.

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