A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, considerou hoje que o Parlamento Europeu “fica mais pobre” sem a representação do seu partido, depois de ter falhado a eleição de um eurodeputado na noite de domingo.
“O Parlamento Europeu ficou mais pobre sem a nossa representação, também sem a representação de forças ecologistas por toda a Europa, uma vez que os Verdes europeus desceram. Temos neste momento um grande desafio do ponto de vista democrático, que é lidar com a extrema-direita”, disse.
Sousa Real falava depois de o cabeça de lista do PAN às eleições europeias, Pedro Fidalgo Marques, ter admitido a derrota nas eleições para Parlamento Europeu, afirmando que o partido já tinha perdido o seu mandato em 2020, depois da renúncia de Francisco Guerreiro.
O partido Pessoas-Animais-Natureza não conseguiu eleger nestas europeias, tendo ficado atrás do ADN, que obteve 54.046 votos.
Com todas as freguesias apuradas, faltando apenas contabilizar os votos de 13 consulados, o PAN tinha 47.959 votos (1,22 %), segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), menos 120.397 votos do que no ato eleitoral de 2019.
Em 2019, Francisco Guerreiro foi o cabeça de lista do PAN e único eleito desta força política nas europeias, as primeiras em que o partido obteve representação em Bruxelas (com cerca de 5% dos votos).
No ano seguinte, o eurodeputado anunciou a sua saída do PAN por “divergências políticas” com a direção do partido, mantendo-se no Parlamento Europeu como independente.