Nada pior no mundo dos negócios do que a instabilidade e a falta de previsibilidade nos investimentos. E infelizmente a nossa região atravessa um período de indefinição política fruto das intenções e indefinições de alguns partidos políticos com representação minoritária.
Mesmo não considerando os constrangimentos orçamentais para o investimento público que um governo de gestão provoca, ao nível do investimento privado, a tónica coloca-se no carater incerto das políticas económicas e em toda a incerteza gerada que conduz a um quadro desincentivador do investimento privado.
Independentemente dos esforços realizados e da vontade colocada, quando não sabemos qual o destino, qual a estratégia, qual o sítio que pretendemos chegar, todo o trabalho e esforço realizado não tem a eficiência e eficácia desejada.
Pela Europa fora, nomeadamente em Itália e nos últimos anos em Espanha, os quadros parlamentares resultantes das eleições são caracterizados por uma enorme dispersão de votos por todo o espectro político, dificultando o aparecimento de maiores absolutas. Assim surge a necessidade da convergência entre diversos partidos, através de formação de um investimento estável. Obrigando muitas vezes a que partidos de quadrantes completamente opostos tenham de convergir para permitir a formação de um governo.
Desta situação surge a defesa, por parte de alguns politólogos, que o bipartidarismo é melhor do que o multipartidarismo porque permite uma eficácia e dinâmica maior no desempenho político, evitando que por vezes os grandes partidos fiquem reféns na sua atuação de partidos pequenos.
No quadro regional, é do interesse geral da região que exista um governo na sua plenitude de funções, com todos os instrumentos legais à sua disposição, para colocar em execução o respetivo programa de governo. É necessário a existência de um governo para dar e transmitir confiança aos investidores, quer locais, quer internacionais.