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Artigo de Opinião

28/10/2024 07:40

Falar em democracia é compreender a existência de partidos que não são mais que grupos de pessoas que partilham, de uma forma ampla, as mesmas ideias para a gestão pública, unindo-se com o objetivo de terem impacto na comunidade em que estão inseridas. A inscrição num partido político, deve-se essencialmente pela vontade de participação ativa na vida pública e para contribuir para que, democraticamente, as suas ideias possam ser concretizadas pelos decisores públicos.

Foi por essa razão que me inscrevi no Partido Socialista e que procuro, em todas as ações que desenvolvo, melhorar a atuação do partido sem nunca perder de vista os meus princípios, assentes no respeito e na solidariedade para com os outros. Acredito que quem me conhece reconhece esta minha forma de estar.

As dinâmicas internas dos partidos têm, no entanto, particularidades que não são visíveis para fora e são muitas vezes incompreensíveis para a maioria das pessoas. Pelo percurso que tenho vindo a desenvolver, considero-me já conhecedor dessas dinâmicas no seio do Partido Socialista na Madeira. É neste contexto que, como já é público, estou a preparar uma candidatura à Concelhia do PS Funchal, um órgão com competências importantes, especialmente na definição de políticas a nível autárquico.

As eleições partidárias são momentos de reflexão interna, que devem ser feitos pelos militantes e devem ser encarados, na minha opinião, como momentos importantes, que podem dar um impulso para os desafios externos que se avizinham. Da mesma forma que considero ser importante dar espaço a quem lidera, evitando divisões desnecessárias, considero igualmente importante existir debate interno para dar voz aos militantes e lhes dar diferentes caminhos para o futuro. Essa é a diversidade democrática que nos fortalece e nos faz avançar.

Acreditar que a apresentação sucessiva de candidaturas únicas em eleições internas promove a união é não compreender que isso conduz à apatia, ao desinteresse e, em última instância, à irrelevância.

É por isso que eu, juntamente com outros militantes que me acompanham, decidimos avançar com a nossa candidatura à Concelhia. Fazemo-lo com o maior respeito pelas regras e com ética democrática. Não pressionámos ninguém a subscrever a nossa candidatura, como também não procurámos assinaturas antes do anúncio das eleições internas. E, tal como deveria ser, não utilizámos informação privilegiada para não condicionar o processo eleitoral nem impedir outras candidaturas.

Mas assinaturas não ganham eleições, o importante é ter as necessárias para conseguir formalizar a candidatura. Esse objetivo, da nossa parte, já está conseguido. Em menos de uma semana, após a Comissão Regional que marcou as eleições, preparámos toda a documentação e iniciámos os contactos para recolher as assinaturas necessárias.

Agradeço por isso a todas e todos que aceitaram fazer parte desta candidatura e também a aqueles que, apesar de já terem assinado por outra candidatura, manifestaram a intenção de votar na nossa. Assim é a vida interna do partido e, como em qualquer eleição democrática, o que realmente interessa são os votos nas urnas e a força das escolhas de cada um de nós. Juntos continuaremos a construir este caminho com ação e compromisso, na certeza de que poderão contar connosco, com a nossa experiência e com a nossa dedicação, para criarmos uma alternativa forte que ajude o partido a crescer.

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