E assim se termina um ano velho e se começa um novo ano, vem aí mais uma volta ao nosso astro. Os votos repetem-se e sempre de forma optimista e positiva, são mais 365 dias, a esperança é sempre renovada e o infortúnio renegado para anos passados. O ano que terminou não vai deixar saudades, foi um ano atípico para a vida dos madeirenses, foi uma cruz a quantidade de vezes que o povo foi chamado para “botar” a cruz, mas infelizmente, nem sempre com o maior dos discernimentos.
A democracia tem destas coisas, é o que é, e o povo tem sempre razão, embora depois tenha alguma dificuldade em compreender as dinâmicas que a algébrica dos votos imprime na sua vida e no seu futuro. Tenho para mim que muitos madeirenses quando olham para o trabalho dos partidos que eles próprios elegeram, não lhes reconhecem a legitimidade que lhes foi transmitida. O seu direito cívico expresso no boletim de voto transformou a sua vida num verdadeiro inferno. Muitos foram defraudados, foram enganados, esperemos que nesta nova volta ao Sol, isto não volte a acontecer.
Mas atenção, a culpa não é de quem vota, a culpa, a verdadeira culpa é de quem não sabe fazer política séria com os votos que lhe foram confiados, esta é que é a verdadeira fraude, o verdadeiro embuste. A falta de maturidade política e de cultura democrática salta logo à vista ao vislumbrarmos os tristes acontecimentos de 2024 e na autêntica comédia ao gosto dos Malucos do Riso em que foi transformada a nossa casa da democracia, ora vejamos:
Temos partidos que apenas estão Juntos Pelo Poder de destruir, com uma retórica pouco séria e com uma diminuta estatura ideológica (também, mas não só), praticando um populismo miserabilista e demagogo. Temos também um partido que apenas sabe Partir e Separar, perdeu todo o seu capital de seriedade e de serenidade democrática. É hoje uma sombra do partido que foi transformando-se num meio sem qualquer fim, embora o fim, tenha já os dias contados, com ou sem pijama. No quadro parlamentar temos também uma quadrilha mal-aventurada a quem foi entregue a chave da casa de banho. Esta malta imbuída de um populismo trauliteiro tem sido desastrosa para a Madeira, espero que em 2025 os madeirenses saibam dizer Chega e este modo de fazer politica, ou melhor, de desfazer politicas.
Existem também dois outros partidos mais pequenos, tentam ser sérios, até o são, mas sucumbiram às garras e ao esquema de Ponzi dos restantes partidos mais batidos. Na lógica subjacente ao sistema piramidal, de que é melhor entrar o mais cedo possível para facturar, neste caso, supostamente votos, lá foram aos trambolhões pelo hemiciclo e vamos provavelmente até ter saudades do rapaz que Idolatra o Liberalismo e da menina que Pugna pelos Animais, Naturalmente.
Sobra no meio desta exótica confusão democrática o único partido que tentou cumprir com o que tinha prometido, o partido que formou governo e que tem feito, tem construído, tem transformado e melhorado a vida dos Madeirenses e dos Porto-Santenses. O único partido que à luz de uma matriz ideológica séria e movido por uma visão de futuro merece a confiança de quem nele vota e acredita no Progresso, na Sociedade e no Desenvolvimento. Não tenho dúvidas que neste renovado movimento elíptico em volta do Sol, que em termos astronómicos, tem o nome de “revolução”, a Madeira vai almejar a necessária estabilidade e tranquilidade democrática para continuar a sua senda de crescimento e desenvolvimento. Mas atenção, esta “revolução”, para correr bem depende de si, de nós, de todos... e já agora, sem meteoritos para atrapalhar.