Caro leitor, à hora em que escrevo este artigo ainda estamos no ano velho, mas julgo que os desejos e expectativas de todos congregam num desejo comum: que o ano de 2025 seja melhor que 2024, e que haja saúde, estabilidade, paz e harmonia nas nossas vidas.
Este será sem sombra de dúvida um ano intenso, não só do ponto de vista político regional, mas também a nível nacional e internacional.
Assim, em 2025, teremos pelo menos dois atos eleitorais na região: regionais e autárquicas. E digo ‘pelo menos’, porque dada a composição partidária e política da Assembleia da República, enquanto o Presidente da República detiver o poder de dissolução dos parlamentos, tudo pode acontecer! Dada a dinâmica social em que estamos mergulhados e o sentimento de egoísmo a que muitos políticos se entregaram de forma irresponsável, a qualquer momento podemos ser confrontados com uma crise política nacional. Aliás, considero, que politicamente e a nível nacional estamos presos por pinças, a caminhar em arames, sendo que apenas nos salvamos de uma crise politica em 2024 porque apesar de toda a triste demagogia, egoísmo político e irresponsabilidade que alguns praticam, o partido socialista e o seu líder nacional souberam interpretar a expressão “ter sentido de estado”, e assim, apesar de minoritário, o Governo da AD liderado pelo social-democrata Luís Montenegro viu a sua proposta de Orçamento de Estado aprovada e assim, o país pôde seguir em frente; com mais ou menos casos e casinhos como seja agora a questão polémica que envolveu a nomeação do secretário-geral do governo, manipulada tristemente pelo atual líder do Banco de Portugal, o socialista Mário Centeno, e apesar de toda a birra e irresponsabilidade de uma força política como o Chega, Portugal não parou, e o nosso país bem precisa de avançar.
Do ponto de vista da política internacional, o arranque do ano será marcado por Donald Trump, que a 20 de janeiro tomará posse como 47º presidente dos Estados Unidos, 11 semanas após a sua vitória esmagadora sobre Kamala Harris. O republicano fará o juramento de posse no Capitólio, a sede do poder Legislativo em Washington, local que foi invadido há quatro anos pelos seus defensores, que não aceitaram a derrota para Joe Biden nas eleições de 2020. Apesar de quatro acusações e uma condenação penal, o magnata de 78 anos irá protagonizar um regresso insólito à Casa Branca, após uma campanha eleitoral muito dura e totalmente atípica, marcada por duas tentativas de assassinato.
Continuando no campo internacional, mas mudando para o campo ambiental, de acordo com a comunidade científica, 2025 é um ano decisivo em matéria das emissões mundiais de gases do efeito estufa. Os cientistas estão cautelosos, atentos aos sinais da China, o maior poluidor do mundo, que é responsável por 30% das emissões mundiais, onde se espera que o aumento das emissões de CO2 procedentes da combustão de petróleo, carvão e gás seja reduzido a bem da humanidade. Aliás, os cientistas climáticos alertam acrescenta que o mundo não pode se contentar em estabilizar as emissões e precisará reduzi-las rapidamente, na expectativa de alcançar a neutralidade de carbono em menos de três décadas.
Outro assunto que irá marcar o mundo em 2025, será sem sombra de dúvida o futebol, com a realização do Mundial de Clubes da Fifa, ampliado para 32 equipas e que privará os jogadores europeus das férias de verão, após uma temporada marcada pela adoção de um novo formato da Liga dos Campeões, com cada vez mais jogos.
Será sem sombra de dúvida um ano muito intenso, mas apesar de tudo, das retóricas loucas e dos desvaneios de muitos, com paz. Não esqueçamos os territórios e os povos que estão em guerra, a sofrer privações. Saibamos agradecer o temos e contribuir de forma positiva para melhorar a vida de todos.
Bom Ano!