O Partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) considera que a suspensão dos trabalhos plenários na Assembleia Legislativa da Madeira é um “sinal preocupante de como as prioridades políticas estão afastadas dos interesses dos cidadãos”.
Num comunicado enviado à redação, o partido refere que o parlamento, enquanto órgão máximo de representação democrática, tem o dever de funcionar como espaço de debate, fiscalização e tomada de decisões em benefício da população.
Nesse sentido, prossegue, “interromper os trabalhos compromete esses princípios e mina a confiança, já tão depauperada, no sistema político e nos políticos.Esta suspensão dos trabalhos plenários sem uma razão que realmente justifique tal decisão é um desrespeito aos eleitores que confiaram nos seus representantes. A Assembleia Legislativa é o lugar onde questões fundamentais para a região são debatidas, desde a gestão de recursos públicos até aos desafios sociais e económicos que afectam directamente a vida dos madeirenses”, indica.
Para o ADN, “qualquer interrupção no funcionamento normal prejudica este processo e envia a mensagem errada à população”.\
Para além disso, “a ausência de sessões plenárias reduz a visibilidade das decisões políticas, enfraquece o papel fiscalizador do parlamento e contribui para a falta de transparência.Esta paralisação irá fazer com que Projectos de lei, propostas e outras iniciativas cruciais fiquem adiadas, atrasando soluções para problemas urgentes”.
“Quando os cidadãos veem os seus representantes a falhar no cumprimento dos seus deveres, a credibilidade do sistema político é abalada e fica prejudicada a confiança pública.Os deputados e partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira devem explicar claramente as razões para esta suspensão. Qual é o impacto real desta pausa nos trabalhos? Que soluções estão a ser propostas para retomar o funcionamento pleno do parlamento? Sem estas respostas, a medida parece mais uma estratégia política do que uma necessidade legítima”, observa ainda.
Desta forma, o partido ADN apela à responsabilidade política, “que não tem existido nos últimos anos, pois a Região Autónoma da Madeira enfrenta desafios significativos, desde questões económicas até problemas ambientais e sociais que requerem atenção imediata”.
“É inaceitável que os trabalhos legislativos sejam interrompidos num momento em que a acção política é tão necessária.Os eleitores merecem respeito, e a responsabilidade dos seus representantes é estar presente, discutir e agir em prol do bem comum.Suspender os trabalhos plenários é um desvio dessa obrigação e deve ser alvo de crítica e pressão pública para que a normalidade seja rapidamente retomada.No mesmo sentido, os representantes eleitos têm o dever de estar à altura das expectativas e necessidades da população. A suspensão dos trabalhos plenários na Assembleia Legislativa da Madeira é uma falha grave nesse compromisso. É hora de os deputados retomarem as suas funções com seriedade e de colocarem os interesses dos cidadãos em primeiro lugar”, remata.