Apesar de defender que os prazos são apertados e que é importante haver celeridade para definir o futuro da Região, o presidente do Governo Regional desdramatizou o facto de o cenário mais provável para a realização de eleições regionais ser agora o dia 16 ou 23 de março.
À margem de uma visita ao presépio do Curral das Freiras, Miguel Albuquerque assinalou que o Presidente da República vai deslocar-se a Washington para as cerimónias fúnebres do ex-presidente Jimmy Carter e entender ser natural que o Conselho de Estado apenas aconteça depois, no dia 17.
Ainda assim, voltou a frisar a importância de clarificar o futuro do cenário político regional e disse não ver motivos para que Marcelo possa adiar a marcação de eleições.
De resto, reafirmou que não será possível um congresso do partido, devido ao calendário apertado e apelou, ao invés, à união do PSD, num apelo que disse ser dirigido a todos os militantes, incluindo também a Manuel António Correia.
“Não tem nenhum sentido [convocar novas eleições internas], porque a nossa ideia é ter o partido unido, não entrar em guerras fratricidas e integrar todos aqueles que queriam”, disse Albuquerque, antes de ser questionado sobre se essa união incluía o seu principal opositor interno.
“O que eu posso dizer é que vou fazer todo o possível e estou totalmente disponível para o Manuel António, que é um militante relevante do partido, integrar esta luta que temos neste momento”, salientou. Em resposta a uma eventual aposta no ex-governante para integrar a lista do PSD às Regionais, Albuquerque foi vago, mas deixou no ar que “possivelmente”, remetendo a constituição das listas para depois da marcação das eleições.
O chefe do Governo em gestão frisou que “o adversário está fora do partido”, reforçando que é preciso “ter algum bom senso, porque o futuro da Região está em jogo”.