O Arquivo Regional e a Biblioteca Pública da Madeira “debate-se com falta de recurso humanos e físicos”, concluiu a deputada do CDS-Madeira, Sara Madalena, após uma visita às instalações da instituição, na Penteada, e de uma reunião com o diretor regional, Nuno Mota, no sentido de perceber o trabalho que está a ser desenvolvido e as principais dificuldades.

De acordo com um comunicado do partido, que nos dá conta desta iniciativa, a líder parlamentar do CDS questionou a direção sobre a possibilidade de transferir fisicamente o espólio documental madeirense, que está arquivado na Torre do Tombo.

Entre outras questões abordadas, a deputada ficou a saber que os cerca de 120 funcionários nesta Direção Regional “são manifestamente escassos. Sendo certo que os demais serviços da administração regional têm falta de recursos humanos para dar conta do espólio arquivístico”.

“Percebemos, também, que com o apoio de um milhão e meio do PRR, há cerca de 12 colaboradores, em outsourcing, a trabalharem em microfilmagem e digitalização, mas, mesmo assim, continuam a ser poucos os recursos humanos, tendo em conta as reais necessidades”, adianta.

Uma das principais dificuldades que a direção regional enfrenta no momento, refere a deputada, “é que a capacidade do arquivo está quase no limite, encontra-se com 27 km lineares de documentação, sendo a capacidade máxima 33 km. “Prevê-se o aumento do arquivo no próximo ano para que haja mais espaço para o espólio, sendo certo que este será um trabalho árduo dos arquivistas e dos conservadores, ao decidir o que deve ou não ficar”.

“Visitamos a parte da conservação, do restauro e pudemos ver in loco o trabalho moroso e minucioso que é realizado por aquela equipa”, relatou a líder parlamentar.

O CDS considera que “esta profissão deve ser mais valorizada e defende que é imprescindível e premente que se proceda à ampliação daquelas instalações, no sentido de reforçar a sua eficiência e eficácia nas respetivas valências de arquivo”.