O Bloco de Esquerda quer que os madeirenses paguem apenas o valor correspondente ao subsídio de mobilidade.
”Não podemos deixar de fazer notar às pessoas que, com tantos problemas que os arquipélagos da Madeira e dos Açores têm por resolver com a República, com tantas dificuldades que os madeirenses estão a atravessar na habitação, no custo de vida que não pára de aumentar, nos salários baixos, na desregulação do trabalho, com o índice de pobreza, que atinge de forma particular as ilhas, o 1o Ministro de Portugal a única proposta que tem para anunciar aos portugueses das regiões autónomas é um desconto de 10% no subsídio de mobilidade”, referiu a coordenadora regional, Dina Letra.
“Ainda para mais é aquela espécie de publicidade enganosa, que faz grandes anúncios com o desconto de 10%, mas que depois, lendo as letras pequeninas mantém tudo igual e os residentes nas ilhas vão continuar a adiantar a totalidade dos bilhetes de avião, seja 300, 400, 500 euros para se deslocarem ao continente”, disse ainda.
Para o Bloco de Esquerda este tema “é tanto mais grave porque coloca em causa as decisões tomadas pela Autonomia”.
E segundo os bloquistas, “o que este governo está a fazer, com o apoio do PSD-M e de Miguel Albuquerque é fazer tábua rasa dessa decisão e dar uma espécie de rebuçado”, pelo que o partido não aceita essa situação.
“Nós não aceitamos isso. O BE não aceita que se mandem para o lixo as decisões autonómicas, as leis aprovadas nos parlamentos e manter-se-á fiel ao compromisso que assumiu com os madeirenses, quando votou a favor dessa proposta quer na Assembleia Regional quer na AR”, apontou, sugerindo que em discussão do Orçamento nacional, que os residentes na Madeira e Porto Santo paguem apenas o valor correspondente ao subsídio de mobilidade.