O líder regional do PS, Paulo Cafôfo, nesta manhã de sessão plenária na ALRAM, subiu ao púlpito no Período Antes da Ordem Do Dia, para assumir que o PSD representa a continuidade da “instabilidade”, adivinhando já um cenário de eleições antecipadas, numa altura em que ainda falta discutir o Orçamento Regional para 2025, no início de dezembro, e, mais tarde, a 17 de dezembro, discussão e votação da moção de censura apresentada pelo CH ao governo liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
Cafôfo reconhece “que temos dito demasiadas eleições em tão pouco tempo”, mas acrescenta que “é melhor devolver a palavra ao povo para ter o poder de decidir”, muito embora considere que com o PSD “não vai dar” e que representam a “continuidade da instabilidade”.
Nesse sentido, à semelhança do que já vem vindo a assumir a algumas semanas, Cafôfo voltou a sugerir alianças com outros partidos, o mais óbvio, o JPP, conforme se pode ler nas entrelinhas. “Assim queiram outros partidos”, apontou.
“As pessoas já não confiam em Miguel Albuquerque e esperam que os partidos políticos cheguem a um consenso. Precisamos de compromisso, responsabilidade e sentido de Estado”, disse.
Mais relevou que este Orçamento Regional para 2025 “não dá mostras de responder às necessidades dos madeirenses. É mais do mesmo”, elencando os baixos rendimentos, a estagnação na saúde.
Por fim, o socialista assumiu acreditar “que nem Miguel Albuquerque acredita nos seus deputados”, referindo-se à aprovação do Orçamento que, no entanto, instou os partidos a serem responsáveis e aprovarem o documento.