No hemiciclo madeirense, no PAOD, Paulo Cafôfo acusou os partidos, que em julho viabilizaram o programa de governo, de querer fugir “com o rabo à seringa”.
“Nós bem avisamos da instabilidade que seria previsível do acordo feito com o PSD e alguns partidos, designadamente o Chega. Nem o PSD, com Miguel Albuquerque são confiáveis, nem o Chega com Miguel Castro são de confiança”, enquadrava o socialista Paulo Cafôfo que chama ao seu partido as posições “coerentes”, advogando que não “precisam da ajuda de ninguém”, mas observa uma subserviência do PSD ao CH.
O líder regional do maior partido da oposição assume que na casa dos socialistas é diferente: ninguém de Lisboa “vem cá para impor ordem”, como disse que aconteceu com o PSD com a vinda de Hugo Soares, líder do grupo parlamentar dos social-democratas na República, à Madeira para, supostamente, segundo o socialista, “meter ordem” na Quinta Vigia.
O deputado não poupa o CH e afirma que, na questão da moção de censura, foi ordem vinda de André Ventura.
Já no que concerne à viabilização do orçamento, o socialista é perentório e realça que quem tem essa responsabilidade é quem aprovou o programa de governo e que não vale a pena o discurso de vítima por parte de Miguel Albuquerque a avisar para o retrocesso económico.