A Comissão Política do CDS-PP Madeira dirigiu-se, esta manhã, ao Santo da Serra para estar presente numa manifestação, no dia em que a Câmara Municipal de Santa Cruz cortou uma via de trânsito nesta rua principal que atravessa o centro. Ou seja, a partir de hoje, a circulação automóvel na Rua Dr.ª Filomena Mina, que atravessa o centro da localidade, passará a fazer-se apenas num sentido, do Centro de Saúde para o posto de combustível. A circulação no sentido inverso terá de ser feita pela Estrada Dr. João de Gouveia, mais conhecida por “variante”.
O dirigente do CDS-PP Madeira e porta-voz desta iniciativa, Ricardo Vieira, fez questão de estar presente nesta manifestação, e garantiu “que o partido está solidário com a população do Santo da Serra, e contra esta medida”.
Para o dirigente centrista, esta “foi uma medida unilateral, sem ter havido previamente um período de discussão pública”, o que para o CDS, “era obrigatório”. “Temos a obrigação de ouvir as pessoas e saber o que elas têm a dizer sobre os assuntos, antes de tomarmos estas medidas”, acrescentou Ricardo Vieira.
Reiterou que, “para o problema do estacionamento, particularmente sentido aos fins de semana e ao domingo, a Câmara Municipal de Santa Cruz tinha outras alternativas. Poderia ter criado mais espaços de estacionamento”, pois, no seu entender, “há diversos terrenos aqui que poderiam servir para isso e, com o estacionamento, o trânsito continuava a fluir nos dois sentidos”, explicou.
Ricardo Vieira recordou também que, esta via foi antigamente uma via regional. Ou seja, “o Governo Regional cedeu esta via para a Câmara Municipal e a via regional é hoje a variante. Na variante não há estacionamento para autocarros. Não há as condições que tem esta via principal. Logo, há aqui uma distorção entre as duas vias e era importante que o governo se pronunciasse sobre o assunto”, aludiu o membro da comissão política.
“Desta feita, concluímos e constatamos que esta não foi uma atitude coerente desta autarquia. Não se pode tomar medidas com base em estudos que ninguém conhece, pois uma das medidas que a Câmara deveria ter tomado inicialmente era ter tornado esse estudo público para que as pessoas vissem e pudessem contrariá-lo”, disse. E é “com base nisso que o CDS está, naturalmente, ao lado da população do Santo da Serra”.