Edgar Silva anunciou hoje, no Caniçal, que a CDU vai lançar uma petição, a enviar aos governantes, na Madeira e em Lisboa, sobre a quota de pesca do atum, contestada pelos profissionais do setor.
“Na Região Autónoma da Madeira as possibilidades de pesca estão de tal forma limitadas que colocam os pescadores e armadores em situação de asfixia económica, As quotas para o atum negociadas entre governantes portugueses e a União Europeia estão a conduzir o sector da pesca para o colapso. A vida veio a demonstrar como as actuais quotas de atum se revelaram desajustadas e desastrosas para a economia da Região e, em especial, para os pescadores da Madeira”, diz o dirigente comunista.
Lembrando que, atualmente, o atum patudo tem uma quota nacional de 3100 toneladas, das quais cerca de 2800 toneladas são quota dos Açores e Madeira, no seu conjunto, defende que “uma das reivindicações necessárias à defesa do futuro do sector da pesca é a da revisão, da alteração e aumento da quota de pesca de atum e de que seja atribuída uma quota específica independente só para as Regiões Ultraperiféricas, até tendo em conta o tipo de pesca praticada, uma pesca altamente seletiva, de salto e vara e altamente sustentável”.
A petição da CDU, explica Edgar Silva, reivindicará “a mudança de orientação política por parte dos governantes que, no Governo da República e no Governo Regional da Madeira, não defenderam os interesses específicos desta Região e da economia da pesca na Madeira. Preferiram satisfazer interesses estranhos à Região e ao País”.
“Atendendo às justas reivindicações do setor da pesca na Região Autónoma da Madeira, reivindicamos, através desta petição, que os governantes concretizem medidas urgentes para possibilitar quotas mais adequadas para a pesca do atum patudo e rabilho”, conclui o dirigente comunista em comunicado.