MADEIRA Meteorologia

Chega confronta chefe dos espiões sobre liderança do Sistema de Informações

Data de publicação
13 Dezembro 2024
15:53

O deputado Francisco Gomes, eleito pelo partido CHEGA para a Assembleia da República, manifestou reservas quanto à nomeação de Vítor Sereno para o cargo de secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP). As mesmas foram expressas numa audição realizada no parlamento nacional, na qual o madeirense questionou o embaixador sobre assuntos que considera prementes para o exercício das funções para as quais foi indicado.

Francisco Gomes destacou o papel estratégico do SIRP como “uma pedra angular na segurança do Estado”, especialmente num contexto internacional caracterizado por “volatilidade, incerteza e ameaça constante”. “A informação é poder”, afirmou, sublinhando que o líder do SIRP tem ao seu alcance um aparato logístico de implicações críticas, tanto para o país como para a sua posição no cenário internacional.

O deputado trouxe à discussão a caracterização feita pelo jornal ‘Expresso’ sobre Sereno, descrevendo-o como “um porreiraço”, “um pintas” e um “relações-públicas com irreverência”. “Não é responsável pelo que o ‘Expresso’ escreve, mas não podemos ignorar a questão: Identifica-se com esta descrição? Considera-a justa? E mais importante, são estas as qualidades que os portugueses querem ver no homem que terá acesso aos segredos mais sensíveis do Estado?”, questionou.

Outro ponto central da intervenção do deputado foi o défice de recursos humanos no SIRP, descrito como “uma situação transversal a vários serviços do Estado, mas de especial gravidade no sistema que ficará sob a sua responsabilidade”. Francisco Gomes lamentou o que vê como a falta de empenho do governo em reforçar os serviços de segurança e pediu esclarecimentos sobre o plano de Sereno para enfrentar esta lacuna. “O que propõe para recrutar, formar, treinar e reter os melhores talentos? Sem pessoas qualificadas, o SIRP continuará a ser incapaz de cumprir plenamente a sua missão de proteger os interesses estratégicos do país?”

A política de imigração do governo também esteve no centro da intervenção de Francisco Gomes, que a classificou como confusa e incoerente. O deputado criticou os “ziguezagues” nas declarações oficiais, acusando o executivo de manter “portas escancaradas” para a imigração descontrolada. “Sabemos bem de onde vêm muitos destes trabalhadores imigrantes e os problemas que isso traz para a segurança e a das nossas sociedades são evidentes”, advertiu. O deputado questionou Sereno sobre o impacto deste cenário para a segurança nacional e sobre os riscos específicos do radicalismo islâmico, destacando que “o governo parece ignorar a gravidade da sua falta de controle nas fronteiras”.

Por fim, Francisco Gomes citou declarações do ex-diretor do SIRP, Jorge Silva Carvalho, que, numa entrevista ao ‘Diário de Notícias’, questionou a relevância e a credibilidade dos serviços de informações no atual panorama securitário. “Se ele mente, o que tenciona fazer para defender a honra do SIRP? Se não mente, como pretende transformar um sistema que enfrenta este diagnóstico devastador?”, perguntou o deputado.

Francisco Gomes encerrou a sua intervenção com uma crítica à extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), descrevendo-a como “um crime de lesa-pátria”. “A extinção do

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
19/12/2024 08:00

O final de cada ano traz consigo um momento único de reflexão, um convite à pausa no tumulto dos dias para revisitar memórias recentes, reconhecer as dádivas...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Quem podia ter evitado a queda do Governo?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas