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Chega convoca ministro da Agricultura para explicar o surto de língua azul

Data de publicação
24 Novembro 2024
10:01

O grupo parlamentar do Chega na Assembleia da República fez aprovar um requerimento urgente para que o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, venha à comissão de Agricultura e Pescas para uma audição sobre o surto da língua azul. O requerimento do partido foi aprovado por unanimidade, marcando, também, a primeira vez em que o PCP votou a favor de um requerimento do Chega naquela comissão.

A febre catarral ovina, ou ‘língua azul’, é uma doença viral, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos. Em Portugal, neste momento, estão a circular três serotipos de língua azul, nomeadamente o BTV-4, que surgiu, pela primeira vez em 2004 e foi novamente detetado em 2013 e 2023, o BTV-1, identificado em 2007, com surtos até 2021, e o BTV-3, detetado, pela primeira vez, em 13 de setembro.

No que diz respeito ao serotipo três, os últimos dados, reportados ao final de outubro, indicam que foram contabilizadas 41 explorações de bovinos afetadas e 102 animais, sem mortalidade. No caso dos ovinos, até agora, foi detetado em 238 explorações, com 11.934 animais afetados e 1.775 mortos.

Para Francisco Gomes, deputado madeirense do Chega na Assembleia da República, a resposta do Estado ao problema da língua azul está a ser ineficiente, dificultando a vida a produtores que estão a ver os seus rebanhos severamente afetados.

“O serotipo que está a dizimar rebanhos por todo o país já anda a circular na Europa há cerca de um ano. Apesar de saber isso, o ministério da Agricultura não avisou os produtores, não levou a vacinação a sério e não tomou quaisquer medidas de biossegurança. O governo não agiu quando devia e são os produtores que estão a pagar essa negligência”, diz Francisco Gomes.

O parlamentar madeirense também aponta para problemas no processo de vacinação, que estão a prejudicar os produtores e a dificultar uma resposta ao surto, o qual, sublinha, já está a afetar quase todos os distritos do país.

“Apesar da Direção-Geral da Alimentação e Veterinária já ter autorizado três vacinas, apenas uma está disponível e com muito atraso. Os produtores têm ido encomendar a vacina, mas não têm perspetivas de quando a mesma estará disponível. Porquê? Porque temos um Estado que não planeia e que faz tudo em modo reativo. O ministro deve uma explicação ao país e o CHEGA está cá para exigi-la”, conclui.

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