Cláudia Perestrelo, do grupo parlamentar do PSD, questionou hoje José Costa Velho sobre se concorda com a afirmação de que a gestão de um combate a incêndio é dinâmica.
À resposta afirmativa, a deputada, recorrendo-se do relatório da Autoridade de Proteção Civil, realçou que o incêndio, que era em mato, às 9h48 e que só exigia um combate local, tomou, por causa do vento, proporções maiores.
José Costa Velho admite que não se expõe os bombeiros a determinados riscos e voltou a reafirmar que, nos primeiros minutos, o incêndio tinha que ser combatido de outra forma.
“Obviamente que o se o comandante entender que não estão reunidas condições, eu concordo”, disse o secretário-geral do Sindicato, referindo, contudo, que as declarações do comandante dos Bombeiros da Ribeira Brava e Ponta do Sol foram feitas já numa altura em que, de facto, o incêndio estava numa zona de difícil acesso e em que as chamas estavam incontroláveis.
A deputada apontou todas as condicionantes, como o vento forte, que dificultou o combate. E questionou Costa Velho se era possível prever a situação que veio a acontecer. “Ninguém pode prever isso. Agora, será que a resposta inicial foi adequada?”, perguntou o sindicalista, confessando que não teve oportunidade de ler o relatório da Autoridade de Proteção Civil.
Em audiência que ainda decorre em sede da Comissão de Apuramento de Responsabilidades aos Incêndios que deflagraram na Região entre 14 e 26 de agosto, Costa Velho foibquestionado por Nuno Morna sobre se concorda com a criação de uma estrutura única de comando. “Não conheço a proposta mas parece-me ser útil. Pode ser bom, se trouxer benefícios para as pessoas”, referiu.