Há problemas na Região que carecem de resolução, como são os de índole social. No seu discurso na cerimónia do 10 de Junho, no Palácio de São Lourenço, o Representante da República mostrou-se preocupado por “a criminalidade geral e a criminalidade violenta e grave, incluindo a violência doméstica, continuam com índices muito elevados. As causas de tudo isto não são fáceis de identificar.
O alcoolismo e o consumo de drogas, incluindo as chamadas drogas sintéticas, pela degradação da saúde própria, mas também pela insegurança que promovem, carecem de um combate persistente por parte das autoridades e da vigilância e empenho da sociedade civil”.
No que respeita ao álcool, Ireneu Barreto perguntou “se não seria desejável que todas as entidades públicas fossem mais ativas na promoção de campanhas que deixem bem claro que o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, não só não é socialmente aceitável, como é um verdadeiro problema de Saúde pública”.
Em relação ao tráfico de drogas sintéticas, “como é sabido, as Regiões Autónomas não têm competência para legislar a respetiva criminalização. Mas, pela particular incidência que este comportamento tem entre nós, os Órgãos de Governo próprio da Região e os nossos Deputados à Assembleia da República andarão bem se continuarem a sensibilizar a Assembleia da República para a necessidade de legislar nesta matéria”, considerou.
Um outro aspeto que enfatizou, foi sobre o crime de violência doméstica, “cujos números continuam a envergonhar uma Região tradicionalmente pacífica como a nossa”.
”Chegou o tempo de, nos casos de violência doméstica, fazer sair o agressor da casa de família e de se deixar de continuar a beneficiar o infrator, prejudicando as vítimas”, sustentou o Representante da República na Madeira.
Depois, Ireneu Barreto explicou o motivo por ter sugerido ao Presidente da República os agraciados da Madeira deste ano nas comemorações do Dia de Portugal: Maria Amélia Carreira Rebelo, com o título de Comendador da Ordem da Liberdade; Zélia Maria Ferreira Gomes, com o Grau de Oficial da Ordem do Mérito; Saturnino Figueira da Silva, com o Grau de Comendador da Ordem do Mérito; e Associação Presença Feminina, com o título de Membro Honorário da Ordem do Mérito.
Para Ireneu Barreto o percurso dos homenageados deve servir de exemplo para as gerações mais novas, olhando para o futuro.