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Dia da Cidade: Cristina Pedra expressa solidariedade devido ao incêndio, faz balanço da governação e homenageia Pedro Calado

Alberto Pita

Jornalista

Data de publicação
21 Agosto 2024
11:53

Na sessão comemorativa dos 516 anos da cidade do Funchal, a presidente da autarquia, Cristina Pedra, começou com uma referência ao incêndio que está a lavrar nas serras da Madeira.

“Permitam-me que as primeiras palavras sejam endereçadas às famílias afetadas pelos incêndios que têm vindo a assolar a ilha da Madeira nos últimos dias, pelo que expresso solidariedade e reitero total disponibilidade do Município do Funchal para auxiliar os concelhos vizinhos naquilo que estiver ao nosso alcance”, disse.

Igualmente, continuou, “deixo uma palavra de apreço a todos quantos têm vindo a combater heroicamente as chamas, em condições muito particulares e exigentes, arriscando as suas próprias vidas para garantir a segurança da população e a salvaguarda do nosso património natural”. Depois, a autarca falou da gestão do município.

“Estamos a construir infraestruturas, criando riqueza e postos de trabalho, aumentando e melhorando as políticas de apoio social, requalificando os espaços públicos e os bairros sociais, construindo novas habitações, ajudando as pessoas e as empresas, sem, contudo, descurar a difícil tarefa que foi reorganizar esta casa, assumindo com os compromissos que ficaram por saldar e que nos deixaram como herança, devolvendo o rigor à gestão camarária e restituindo, assim, a credibilidade institucional que nos era devida”.

Falando sobre o setor do turismo, destacou os proveitos económicos, mas também alertou também para “novos desafios, até por ser no Funchal onde mais se evidencia a pegada ecológica desta atividade, com o desgaste de infraestruturas de saneamento básico, estradas, jardins, para além da pressão sobre o trânsito e estacionamentos”.

“Não podemos, assim, ignorar que existe uma pressão considerável nas infraestruturas públicas municipais e nos serviços que prestamos”, avaliou a autarca, justificando, deste modo, a introdução da “Taxa Turística Municipal, que entrará em vigor em outubro deste ano”.

Sobre esta taxa, referiu que não se trata de um “capricho”, nem “um instrumento criado tendo em vista a promoção turística”.

Outro desafiou que identificou é o da mobilidade. “A questão da mobilidade assume-se, sem rodeios, como um grande desafio, com as dificuldades acrescidas de vivermos numa cidade com uma orografia exigente e com avultada quantidade de serviços, públicos e privados, existentes no centro, inclusive na área da saúde e da proteção civil, que requerem respostas imediatas aquando das respetivas emergências”.

Também falou da necessidade de criar mais estacionamentos no Funchal (mas não se referiu ao polémico projeto do parque na Praça do Município), reforçou a necessidade da existência da polícia municipal - ainda que em moldes diferentes ao proposto pela anterior vereação -, da “instalação para breve das 44 câmaras de videovigilância” na cidade e ainda da requalificação da Praia Formosa.

No discurso, que varreu as principais áreas da administração municipal, Cristina Pedra deixou ainda uma palavra a Pedro Calado, tal como já tinha avançado ao JM, na entrevista publicada na edição de hoje.

“Neste momento solene, permitam-me que deixe uma justa e sentida homenagem ao anterior presidente da Câmara Municipal do Funchal, Dr. Pedro Calado, que de forma determinada, eficaz, dinâmica e destemida, nos liderou neste nobre projeto de 2021 até 2024, a quem muito este município e os funchalenses devem, estando certa de que o tempo lhe confirmará total razão”.

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