A operação da PJ em curso na Madeira levou à detenção do ex-secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos, do atual autarca da Calheta, Carlos Teles, bem como do antigo diretor regional da Agricultura, Paulo Santos.
Envolvidos estão mais dois funcionários públicos e os empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, da Dupla DP.
Entretanto, a RTP-Madeira também revela que Bruno Freitas, presidente do IASAÚDE, também estará arrolado ao processo e a ser inquirido pela PJ.
Tal como o JM noticiou em primeira mão, a operação está relacionada com negócios realizados com a empresa Dupla DP, no âmbito da contratação pública. Nesse sentido, a PJ averigua os contratos públicos de diferentes organismos e câmaras celebrados com essa entidade privada.
Sabe o JM que o raio de ação dos elementos da PJ envolve entidades como a Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, na Direção Regional de Agricultura, no PRODERAM, Secretaria Regional de Saúde, Direção Regional de Saúde, Secretaria Regional de Finanças, Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas, ARM, Sociedade de Desenvolvimento do Norte, Câmara do Funchal, Câmara da Calheta, entre outros.
A investigação que o JM avançou em exclusivo compreende três potenciais crimes: participação económica em negócio; recebimento indevido de vantagem; financiamento partidário.
A Polícia Judiciária (PJ) revelou, em comunicado de imprensa, que está a realizar uma operação policial que visou a realização de “sete detenções e a execução de 43 mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, por suspeitas da prática dos crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.”
“A investigação, desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira, iniciou-se em 2020, sobre condutas consideradas como criminalidade altamente organizada”, refere ainda.
No total, participaram na operação intitulada de ‘AB INITIO’ cerca de 110 elementos da PJ, quatro procuradores da República, dois juízes do Tribunal Judicial do Funchal e seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica”, sendo o titular do inquérito o DIAP Regional de Lisboa – 1ª Secção.